ABERTURA: Ibovespa inicia a penúltima sessão do ano com valorização

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Investing.com – O índice futuro do Ibovespa inicia a sessão desta sexta-feira com valorização de 0,37% aos 118.165 pontos, com o dólar recuando 0,44% a R$ 4,0373. O mercado deve reagir aos números do IGP-M de dezembro, que mostra avanço de 2,09% no período, e também aos bons dados da PNAD. Na cena externa, o desempenho da economia chinesa e a proximidade da assinatura do acordo entre EUA e China animam os investidores.

– Cenário Interno

PNAD

A taxa de desocupação (11,2%) no trimestre móvel encerrado em novembro de 2019 caiu nas duas comparações: – 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre junho /agosto de 2019 (11,8%) e -0,4 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2018 (11,6%).

A população desocupada (11,9 milhões de pessoas) teve redução em ambas as comparações: -5,6% (ou 702 mil pessoas a menos) em relação ao trimestre móvel anterior e -2,5% (300 mil pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

A população ocupada (94,4 milhões), novo recorde da série histórica, cresceu em ambas as comparações: 0,8% (mais 785 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 1,6% (mais 1,5 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

IGP-M

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 2,09% em dezembro, bem acima da alta de 0,30% apurada em novembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

No ano, o índice, que é usado como referência para a correção de valores de contratos, com os de aluguel de imóveis, acumulou alta de 7,30%, acrescentou.

– Cenário Externo

China

Os lucros das empresas manufatureiras chinesas cresceram no maior ritmo em oito meses em novembro, mas uma fraqueza generalizada na demanda doméstica permanece um risco para os resultados corporativos no próximo ano.

O setor industrial chinês tem enfrentado pressões persistentes este ano, com a demanda fraca e a disputa comercial com os Estados Unidos. Mas dados recentes da atividade fabril têm apontado para uma recuperação do setor, no rastro da aceleração de medidas de estímulo do governo chinês para consolidar o crescimento.

Os lucros da indústria cresceram 5,4% em novembro na comparação anual para 593,9 bilhões de iuanes (84,93 bilhões de dólares), interrompendo três meses de queda, conforme a produção e as vendas ganharam ritmo, mostraram dados do Escritório Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira. O dado se compara a uma queda de 9,9% em outubro.

No acumulado do ano até novembro, o lucro das empresas industriais caiu 2,1% frente ao mesmo período do ano anterior, para 5,61 trilhões de iuanes, um pouco melhor do que a queda de 2,9% registrada nos primeiros dez meses do ano.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Com a volta aos negócios depois do Natal, os principais índices acionários da Europa registram ganhos nesta sexta-feira. Em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,42% aos 13.356 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE soma 0,26% aos 7.652 pontos. Já em Paris, o CAC avança 0,46% aos 6.057 pontos.

COMMODITIES

A sessão que fechou a sexta-feira foi marcada pela volta à valorização dos preços dos contratos futuros do minério de ferro, que são transacionados na bolsa de mercadorias de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento para maio do ano que vem, somou 1,18% a 642,50 iuanes por tonelada, o que representa variação de 7,50 iuanes diante de um valor de liquidação da véspera de 635,00 iuanes/t.

Na mesma direção, a jornada também teve como principal característica os ganhos com as cotações dos papéis futuros de vergalhão de aço, que são negociados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato de maior liquidez, para maio de 2020, somou 40 iuanes para um total de 3.541 iuanes por tonelada. Já o de janeiro, segundo em volume, avançou 47 iuanes para 3.757 iuanes por tonelada.

Da mesma forma, o fechamento do penúltimo dia útil do ano é marcado por avanço nos preços do petróleo. O barril do tipo Brent, de Londres, avança 0,35%, ou US$ 0,24, a US$ 68,16. Já em Nova York, o WTI tem ganhos de 0,39%, ou US$ 0,24%, a US$ 61,92.

MERCADO CORPORATIVO

– BR Distribuidora (SA:BRDT3)

A BR Distribuidora (SA:BRDT3) informou ter acertado a venda de participação de 49% na CDGN Logística para um fundo administrado pela Pacífico Administração de Recursos Ltda, por 25,37 milhões de reais.

A BR Distribuidora (SA:BRDT3) acrescentou que o acordo, que é sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), se enquadra na iniciativa de empresa de gestão de portfólio, que tem como objetivo expandir os segmentos com maior potencial de criação de valor para a companhia.

A CDGN, que tem sede no Rio de Janeiro, é uma sociedade anônima que atua há 12 anos no mercado de logística de gás natural comprimido (GNC), atendendo clientes dos segmentos industrial e de distribuição de gás em todo o território nacional.

– Rossi (SA:RSID3)

A construtora Rossi (SA:RSID3) anunciou nesta quinta-feira que seu conselho de administração aprovou assinar um memorando de entendimentos com o Bradesco (SA:BBDC4), que dita os termos de uma nova fase da reestruturação de uma dívida de 800 milhões.

O documento prevê que 100% da dívida corporativa com o Bradesco (SA:BBDC4) será quitada através da alienação de determinados ativos, objetos de garantia da referida dívida, afirmou a Rossi (SA:RSID3) por meio de fato relevante.

“A companhia e o Bradesco (SA:BBDC4) têm 180 dias para juntos concluir este processo e consumar a quitação de 100% do saldo devedor, com a formalização dos documentos que transferirão a propriedade de todos os ativos objetos do presente acordo”, afirmou a Rossi (SA:RSID3).

Além da redução da alavancagem, já que o montante representa aproximadamente 70% do dívida bruta da Rossi (SA:RSID3), o acordo permitirá uma queda significativa nas despesas financeiras projetadas para os próximos anos, permitindo que direcionar o caixa para novos desenvolvimentos e para a retomada do ciclo de lançamentos.

– Sistema Elétrico

As hidrelétricas do Sudeste do Brasil, que concentram os maiores reservatórios, estão com o menor nível de armazenamento desde 2014, em meio a chuvas bastante abaixo da média histórica mesmo em um período tradicionalmente de boas precipitações.

Os lagos das usinas hídricas, principal fonte de geração no país, estão com capacidade abaixo dos piores momentos de 2001, ano em que os brasileiros enfrentaram um racionamento de eletricidade, mas analistas e o governo por ora descartam riscos de falta de energia em 2020.

Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, há um considerável parque de termelétricas a ser acionado para atender a uma demanda que não tem crescido com vigor nos últimos anos, além de uma oferta bem maior proveniente de usinas eólicas e solares que não existiam no passado.

A projeção de continuidade da atual condição seca em janeiro, no entanto, deve pressionar as contas de luz, ao manter cobranças adicionais geradas pelas bandeiras tarifárias. Sem mudança no quadro hídrico, ainda, o governo poderá decidir acionar termelétricas mais caras para atender à demanda, o que também gera custos que posteriormente são repassados às tarifas.

“Não vejo riscos de suprimento. O sistema está bastante seguro, temos capacidade de geração suficiente para aguentar”, disse à Reuters o consultor Ricardo Lima, sócio-diretor da Tempo Presente e ex-conselheiro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

– Equinor

A operadora norueguesa Equinor submeteu à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) as declarações de comercialidade da descoberta de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, na qual possui sócios que incluem a norte-americana Exxon, informou a companhia em nota nesta quinta-feira.

Localizada a 220 quilômetros da costa do município de Ilhabela (SP) e com lâmina d’água de cerca de 2.050 metros, a importante descoberta de Carcará está dentro das áreas das licenças BM-S-8 (com contrato em regime de concessão) e Norte de Carcará (regime de partilha).

A Equinor afirmou que também foi apresentado à agência reguladora o Relatório Final do Plano de Avaliação de Áreas.

“Ao todo, cinco poços de exploração/avaliação foram perfurados, dos quais quatro são testados na produção”, destacou a petroleira norueguesa.

Tanto o consórcio BM-S-8 quanto o Norte de Carcará são operados pela Equinor (40%), que tem como parceiras nos ativos a ExxonMobil (NYSE:XOM) (40%) e a Petrogal Brasil, da portuguesa Galp Energia (20%).

A Equinor não deu informações sobre o conteúdo dos documentos apresentados à ANP.

AGENDA DE AUTORIDADES

Mais uma vez, o dia não tem compromissos públicos oficiais para o presidente Jair Bolsonaro e para o ministro da Economia, Paulo Guedes.

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