Ibovespa

Ibovespa segue exterior e opera com forte valorização; dólar cai

Investing.com – Seguindo a tendência das principais bolsas no exterior, o Ibovespa operava com forte valorização, de 1,39%, aos 100.598 pontos, às 13h35 desta quarta-feira (21). O dia está sendo marcado pela expectativa do mercado pela ata da última reunião do Fomc, que será divulgada na tarde desta quarta-feira.

O dólar comercial inicia a jornada dom queda de 0,59% a R$ 4,028.

O Senado irá tocar ao mesmo tempo a tramitação de propostas do pacto federativo e a reforma da Previdência, e quer encerrar as votações até o início de outubro, informou nesta terça-feira o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Segundo ele, que participou de reunião de líderes do Senado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no gabinete da Presidência da Casa, a ideia é que o governo apresente formalmente um documento com as propostas do pacto na próxima segunda-feira. A partir daí, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), irá designar que relatores ficarão responsáveis por cada tema.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, endureceu sua retórica comercial na terça-feira, dizendo que teve que confrontar a China mesmo que isso provocasse danos de curto prazo à economia dos EUA porque o governo de Pequim enganou Washington por décadas.

Os mercados na Ásia apostam que os bancos centrais irão interferir e impulsionar o crescimento econômico, conforme autoridades se reúnem em Jackson Hole nesta semana.

Operadores apostam que o Federal Reserve fará outro corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros no próximo mês, e o banco central norte-americano divulga a ata de seu último encontro de política monetária nesta quarta-feira.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,28%, a 20.618 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,15%, a 26.270 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,01%, a 2.880 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,16%, a 3.781 pontos.

A quarta-feira é positiva para o mercado de ações da Europa. Em Frankfurt, o DAX opera com ganhos de 1,30%, enquanto que em Londres, o FTSE soma alta 1,27%. Já em Paris, o CAC avança 1,70% aos 5.419 pontos.

Nos EUA, a tendência também é de alta, com o Dow Jones registrando valorização de 1,03%, e a Nasdaq com ganhos de 0,94%.

COMMODITIES

A quarta-feira foi mais um dia de queda para os preços dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias e futuros da cidade chinesa da Dalian. O ativo de maior volume de negócios, com data de vencimento para o mês de janeiro de 2020, caiu 4,30% a 589,50 iuanes por tonelada, o que representa uma variação diária de 26,50 iuanes.

No mesmo sentido, a jornada foi também negativa para os papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato de maior liquidez, para outubro do atual calendário, perdeu 40 iuanes para 3.686 iuanes por tonelada, enquanto que o segundo mais negociado, de janeiro do próximo ano, cedeu 37 iuanes para 3.426 iuanes por tonelada do produto.

Na direção oposta, os preços internacionais do petróleo registram forte valorização na sessão. O barril do tipo WTI, negociado em Nova York, soma 1,30%, ou US$ 0,73, a US$ 56,86. Já em Londres, o Brent ganha 1,75%, ou US$ 1,05, a US$ 61,08.

MERCADO CORPORATIVO

– Financiamento Imobiliário

Caixa

A Caixa Econômica Federal lançou nesta terça-feira uma nova linha de financiamento imobiliário vinculada ao IPCA, no momento em que o setor dá sinais de recuperação no país.

Segundo o presidente-executivo da Caixa, Pedro Guimarães, a nova linha terá taxa de juros anual a partir de 2,95%, para imóveis residenciais enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH). A taxa máxima será de IPCA mais 4,95% ao ano.

O SFH é para imóveis com valor de até 1,5 milhão de reais em que se pode usar recursos do FGTS. O SFI, para valores acima desse valor e o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não usa recursos do fundo de garantia.

As taxas estarão vigentes a partir da próxima segunda-feira.

Banco do Brasil (SA:BBAS3)

O Banco do Brasil (SA:BBAS3) iniciou nesta terça-feira a usar um novo procedimento para concessão de empréstimos imobiliários, oferecendo taxas mais reduzidas de acordo com a duração do financiamento.

Em material enviado a agentes imobiliários, ao qual a Reuters teve acesso, o BB (SA:BBAS3) apresentou uma tabela válida para as linhas de carteira hipotecária e do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Para contratos com prazo de até 60 meses, a taxa anual será a partir de 7,99%. No caso de financiamentos de 61 a 118 meses, a taxa sobe a 8,05%, chegando a 8,10% quando o período for de 119 a 178 meses. Se o financiamento for pago entre 179 e 238 meses, a taxa será de 8,15%. Para o intervalo de 239 a 298 meses, o juro sobe a 8,24%, avançando para 8,29% nos casos de 299 a 359 prestações. Por fim, financiamentos com prazos de 359 a 418 meses pagarão 8,45% ao ano.

Bradesco (SA:BBDC4)

O Bradesco (SA:BBDC4) está preparado para oferecer aos clientes crédito imobiliário vinculado ao IPCA, caso haja demanda, disse nessa terça-feira o diretor de relações com investidores do banco, Leandro Miranda.

Segundo o executivo é preciso saber se o tomador do crédito estaria disposto a ter esse tipo de crédito em função do histórico de alta inflação no Brasil.

“Não sei se o cliente gostaria de ter um risco de inflação de 30 anos em virtude do histórico que temos no Brasil”, disse Miranda a jornalistas. “De 12 anos eu acho viável porque há proteções de inflação através de derivativos, se quiser transformar em taxa fixa”, acrescentou ele após de participar de reunião Apimec.

As declarações foram feitas no mesmo dia em que a Caixa Econômica Federal anunciou uma nova linha de crédito imobiliário com taxa de juros atrelada ao IPCA.

– Petrobras (SA:PETR4)

A Petrobras (SA:PETR4) nunca mais terá 70 sondas de perfuração em operação ao mesmo tempo como no passado, afirmou nesta terça-feira o diretor-executivo de Desenvolvimento da Produção&Tecnologia da petroleira estatal, Rudimar Lorenzatto.

A afirmação, em um momento em que a gestão da companhia tem anunciado um foco cada vez maior em projetos de exploração e produção em águas profundas, sinaliza que a empresa investirá menos até mesmo naquilo que considera ser o seu principal negócio: a produção de petróleo e gás.

A ideia, conforme a empresa tem defendido, é buscar maior eficiência para que possa alocar mais recursos em projetos de produção de petróleo com alta rentabilidade, enquanto vende diversos ativos considerados não essenciais.

Disputa no Carf

O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) decidiu a favor da Petrobras (SA:PETR4) em um processo administrativo fiscal de 5,1 bilhões de reais sobre a cobrança de Cide-Importação, informou a empresa nesta terça-feira.

Segundo comunicado da petroleira, a decisão é relacionada a tributos referentes a remessas enviadas ao exterior para o pagamento de contratos de afretamento em 2013.

“A companhia entende que o julgamento não altera a classificação de expectativa de perda possível”, afirmou a Petrobras (SA:PETR4).

Pré-sal

O Brasil deveria acabar com o regime de partilha de produção de petróleo na exploração do pré-sal ou eliminar regra que obriga que determinadas áreas sejam licitadas sob esse modelo contratual, afirmou nesta terça-feira o presidente da Petrobras (SA:PETR4), Roberto Castello Branco.

Segundo o executivo, a partilha de produção, quando as empresas pagam percentuais do seu lucro em petróleo ao governo pelo direito de explorar, além de bônus de outorga e royalties, não incentiva a eficiência.

Além disso, disse um outro diretor da Petrobras (SA:PETR4) no mesmo evento no Rio de Janeiro, o regime utilizado para o pré-sal traz desafios, especialmente para as áreas do excedente da cessão onerosa, que serão leiloadas no final do ano.

– Cemig (SA:CMIG4)

A proposta do governo de Minas Gerais de privatizar a estatal Cemig (SA:CMIG4) não será de fácil execução, uma vez que a medida exigirá aprovação popular ou maioria de três quintos no legislativo local, onde a gestão Romeu Zema tem mostrado dificuldades para obter votos, disseram analistas à Reuters.

Zema, um empresário novato na política que elegeu-se no ano passado sob promessas de uma gestão liberal, tem falado em vender a emblemática companhia de energia como parte de um plano de recuperação fiscal do Estado negociado junto à União.

Um projeto de lei nesse sentido, autorizando a desestatização da Cemig (SA:CMIG4) e de outras empresas públicas, deve ser enviado pelo governo estadual à Assembleia Legislativa de Minas Gerais ainda neste mês, disseram executivos da Cemig na semana passada.

– Vivara

A Vivara, que se apresenta como maior rede de joalherias do Brasil, prevê precificar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 22 de outubro, de acordo com o prospecto preliminar da operação divulgado nesta terça-feira.

De acordo com o documento, a operação envolve lotes primário (ações novas, cujos recursos da venda vão para o caixa da empresa) e secundário (papéis detidos por atuais sócios), e será coordenada por Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch e XP Investimentos.

Ainda segundo o documento, os recursos que forem obtidos com a oferta primária serão usados para abertura de lojas, expansão de fábricas, lançamento de nova marca e investimento em tecnologia.

A empresa é dona das marcas Vivara, Life by Vivara, Vivara Watches, Vivara Fragrances e Vivara Accessories.

– Gás Natural

O consumo médio de gás natural pela indústria do Brasil cresceu 2,5% no primeiro semestre de 2019 em comparação com mesmo período do ano anterior, atingindo 28,3 milhões de metros cúbicos por dia, informou nesta terça-feira a Abegás.

Por outro lado, quando considerado apenas junho, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado observou uma retração de 1,4% no volume comercializado ante junho de 2018, com a indústria passando a dar sinais de redução.

Já para a geração de eletricidade, os dados da Abegás apontaram quedas significativas tanto em junho quanto no acumulado do semestre. No mês, a retração ultrapassou os 50%, enquanto no semestre beirou os 20%.

AGENDA DE AUTORIDADES

– Jair Bolsonaro

A quarta-feira do presidente Jair Bolsonaro começa com reunião com o Deputado Otoni de Paula (PSC/RJ), 1º Vice-Líder do PSC na Câmara dos Deputados, participando em seguida do Congresso Aço Brasil 2019. Ainda pela manhã, recebe o Deputado Major Vitor Hugo (PSL/GO), Líder do Governo na Câmara dos Deputados.

Na parte da tarde, recebe Bento Albuquerque, Ministro de Estado de Minas e Energia e, em seguida, Ernesto Araújo, Ministro de Estado das Relações Exteriores.

O presidente participa ainda da 10ª Reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos, fechando o dia com reunião com Marcelo Álvaro Antônio, Ministro de Estado do Turismo.

– Paulo Guedes

A agenda desta quarta-feira do ministro da Economia, Paulo Guedes, será marcado por uma série de reuniões. Confira a programação do dia:

– Líderes dos partidos na Câmara dos Deputados e presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia;

– Secretário especial de Assuntos Internacionais e Comércio Exterior, Marcos Troyjo (semanal)

– 10ª Reunião do Conselho de Programas de Parcerias de Investimentos (CPPI)

– Secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel (semanal)

– Secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercado, Salim Mattar (semanal)

Sair da versão mobile