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Ação da PF mira bancos em delação de Palocci; BTG e Esteves são alvos de buscas

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (23), a 64ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pentiti com o objetivo de apurar crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais relacionadas a recursos contabilizados em planilha denominada “Programa Especial Italiano” gerida por grande empreiteira nacional, informou a PF. A ação tem por alvo o banco BTG Pactual e seu ex-presidente e principal acionista, André Esteves. Segundo o jornal O Globo, a casa de Esteves foi alvo de buscas, assim como a sede do BTG, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, novo centro financeiro de São Paulo.

A investigação envolve o negócio entre o BTG e a Petrobras em uma empresa de exploração de petróleo na Nigéria. As empresas criaram uma joint venture, a Petrobras Oil & Gas BV, com sede na Holanda, com 50% de capital da estatal brasileira e 50% do BTG.

Cerca de 80 policiais federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ. As medidas cautelares foram autorizadas pela 13ª. Vara Federal de Curitiba/PR.

A investigação é complexa e trata de fatos abordados em diferentes inquéritos policiais, tendo sido impulsionada por acordo de colaboração premiada celebrado entre a Polícia Federal e o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, informou a PF.

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Além da identificação de beneficiários da planilha “Programa Especial Italiano” e do modus operandi de entregas de valores ilícitos a autoridades, também é objeto desta fase esclarecer a existência de corrupção envolvendo instituição financeira nacional e estatal petrolífera na exploração do pré-sal e em projeto de desinvestimento de ativos no continente africano – conduta que pode ter lesado os cofres públicos em pelo menos US$ 1,5 bilhão, que equivalem hoje a aproximadamente a R$ 6 bilhões, segundo a PF.

O nome da operação significa “arrependidos” e faz referência a termo empregado na Itália para designar pessoas que integraram organizações criminosas e, após suas prisões, decidiram se arrepender e colaborar com as autoridades para o avanço das investigações.

Haverá uma coletiva de imprensa às 10h hoje no auditório da Superintendência Regional da PF em Curitiba para dar mais detalhes da operação.

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