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Acionistas da Linx aprovam aquisição pela Stone, veja o que dizem os analistas

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Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – Os acionistas da Linx (SA:LINX3) aprovaram, na terça-feira (17), a proposta de combinação de negócios com a Stone (NASDAQ:STNE), que aumentou sua oferta para R$ 6,7 bilhões, ou R$ 38,3 por ação, em dinheiro e patrimônio líquido.

Considerando a oferta de preço e que o Cade deva aprovar a operação, o Safra elevou seu preço-alvo para LINX3 para R$ 38,3, mantendo recomendação Neutra. A Mirae Asset, por sua vez, recomenda Compra para a ação, com preço-alvo de R$ 40.

Em relação à Stone, o Goldman Sachs recomenda Compra, com preço-alvo de US$ 70. O Bank of America elevou seu preço-alvo para a ação de US$ 61 para US$ 68, mas manteve recomendação Neutra.

A Linx fechou o pregão desta quarta-feira em alta de 1,06%, a R$ 36,40, na contramão do Ibovespa, que terminou o dia em queda de 1,05%, aos 106.119 pontos. No dia, o papel registrou máxima de R$ 36,57 e mínima de R$ 35,76, com R$ 357,24 milhões negociados.

Já o papel da Stone, negociado em Nova York, fechou em alta de 1,63%, a US$ 67,89, depois de ter alcançado US$ 69,03 de máxima e US$ 66,89 de mínima, com US$ 274,34 mil em volume negociado. O Nasdaq terminou o dia em queda de 0,82%, em 11.801,60 pontos.

Com a aquisição, o Safra acredita que a Stone ‘“deve se consolidar como uma plataforma completa para os lojistas, oferecendo o melhor de dois mundos, na aquisição e gerenciamento de software, além de agregar serviços financeiros”. Na análise do banco, a empresa combinada poderia ter receita de cerca de R$ 6 bilhões e Ebitda de R$ 3 bilhões em 2021.

Como sinergias, o Safra acredita que a Linx irá reforçar a área de pagamentos da Stone, fortalecendo sua estratégia de cross-selling entre pagamentos e software. O Goldman ressalta que as margens Ebitda para pagamentos são muito mais altas do que as para software. Com isso, sua projeção é de margem Ebitda de 62% para a Stone em 2021 e de 23,4% para a Linx. A taxa de crescimento anual composta é estimada em 45% para a Stone e em 13% para a Linx entre 2019 e 2022. O Bank of America estima as sinergias em US$ 11 por ação para a StoneCo.

O Safra vê como pontos positivos para os papéis da Linx o modelo de negócios único; a posição dominante no mercado; o aumento de investimentos no varejo de TI nos próximos anos; o histórico de aquisições; a mudança para um varejo omnichannel; as oportunidades cruzadas; o Linx Pay Hub; e o espaço para crescimento no segmento de mercado de pagamento.

Os principais riscos para a performance da empresa, por outro lado, são listados pelo Safra como uma incompatibilidade entre IGP-M e IPCA; competição no mercado de adquirência; uma possível migração para um modelo totalmente de adquirência; novas tecnologias; e o preço das ações sempre em alta, que sugere que muitos dos ganhos já estão precificados.

Em relação ao desempenho da Stone, o Goldman aponta como riscos um aumento na concorrência; despesas mais altas do que o esperado no investimento em novos negócios; o fracasso de execução de novos produtos e serviços em serviços financeiros e crédito; e uma maior pressão sobre os volumes dado o fraco cenário econômico.

As próximas etapas envolvem uma revisão de 5 a 6 meses do Cade. Se aprovada, a Linx iniciará seu fechamento de capital na B3 (SA:B3SA3) e NYSE.

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