Por Roberto Samora, da Reuters – A estimativa de produção total de milho do Brasil em 2020/21 foi novamente reduzida, e agora é vista em 81,9 milhões de toneladas, com um recuo de mais de 20 milhões na comparação com a safra anterior, de acordo com números divulgados nesta segunda-feira pela consultoria AgRural.
A previsão foi rebaixada mais uma vez devido aos efeitos climáticos na segunda safra, atingida por seca e geadas, em momento que os trabalhos de colheita já caminham para o final.
Até agosto, a AgRural previa uma safra de 82,2 milhões de toneladas, contra 102,6 milhões em 2019/20.
A área de milho segunda safra estava 95% colhida no centro-sul até a última quinta-feira, contra 89% uma semana antes e 94% um ano atrás.
Com o corte, a segunda safra brasileira 2020/21 está agora estimada em 55,6 milhões de toneladas, contra 75,1 milhões na safrinha 2020.
NOVA SAFRA
A área destinada ao milho verão na safra 2021/22 estava 10% plantada no centro-Sul do Brasil até quinta-feira, ante 5% na semana precedente e 14% no mesmo período do ano passado, com algumas áreas precisando de chuvas para os trabalhos deslancharem, de acordo com levantamento da AgRural.
"Os trabalhos seguem concentrados nos três Estados do Sul, como é tradicional nesta época do ano, e evoluíram bem no Rio Grande do Sul, onde as chuvas da última semana cheia de agosto resultaram em bons níveis de umidade do solo. Menos úmidos, Santa Catarina e Paraná ainda seguram o ritmo à espera de mais chuvas", disse.
"Alguns talhões no oeste catarinense, inclusive, podem precisar de replantio caso não chova logo", acrescentou.
A AgRural estima a área plantada com milho verão na safra 2021/22 do centro-sul do Brasil em 2,973 milhões de hectares, com avanço anual de 0,6%.