Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Os resultados do segundo trimestre da Ambev (BVMF:ABEV3) surpreenderam de forma positiva ao BTG Pactual (BVMF:BPAC11), principalmente no que está relacionado aos volumes no Brasil. Apesar das dúvidas que existem para o futuro, o banco acredita que o caminho da empresa para a recuperação de valor para o próximo trimestre está um pouco mais claro.
Às 13h34, as ações da Ambev operavam próximo da estabilidade, recuando 0,07%, a R$ 14,97.
O Ebitda ajustado para créditos tributários foi de R$ 4,6 bilhões, alta de 14% sobre o 2T22, impulsionado principalmente pela cerveja no Brasil e América Latina. A margem Ebitda ficou estável em 25,7% e o lucro foi de R$ 2,9 bilhões, com ganhos de créditos fiscais e hiperinflação.
A Ambev apresentou um crescimento anual de 10% nos volumes no Brasil, o que foi considerado impressionante pelo BTG, apesar do desempenho mais fraco em outras regiões.
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O BTG destaca que mesmo a demanda tendo impulsionado o mercado de cervejas, o gerenciamento da receita foi bem executado pela companhia, com destaque para o aumento da penetração das Garrafas de vidro retornáveis (RGB), que garantiram ganhos de compartilhamento no mainstream sem sacrificar o portfólio premium.
Para o próximo trimestre, o BTG ainda se pergunta se a próxima temporada de preços será capaz de sustentar o impulso de crescimento de volume, permitindo que a Ambev recupere um pouco do pool de lucros das cadeias de valor.
O banco acredita que o cenário é favorável para que a empresa realize isso, com a demanda favorecida e a concorrência fragilizada, mas afirma que ainda existe a possibilidade de que a Ambev encontre dificuldades.
A indicação sobre as ações da Ambev são neutras, com preço-alvo em R$ 16.
