A Justiça manteve o bloqueio de bens de membros do Conselho Fiscal da Americanas (AMER3). Integrantes e ex-membros da companhia tentaram reverter a decisão do Judiciário que tenta impedir a venda de seus bens e o esvaziamento de seus patrimônios.
O grupo de cinco executivos recorreu à 18ª Câmara de Direito Privado de São Paulo para derrubar um protesto judicial conquistado pelo Bradesco, credor da varejista. O pedido foi negado pelo desembargador Henrique Clavisio.
Segundo as informações do colunista Lauro Jardim, pelo jornal O Globo, o procedimento utilizado pelo banco e autorizado pela 22ª Vara Cível de SP pretende alertar compradores sobre o risco de efetuar transações com os integrantes e ex-membros da companhia, já que eles podem ser responsabilizados (e cobrados) adiante pelo rombo contábil da Americanas.
Os envolvidos alegaram que não integravam a sociedade da empresa e por isso não teriam responsabilidade na elaboração das demonstrações financeiras. No entanto, o desembargador explicou que os membros do Conselho Fiscal têm responsabilidade junto à empresa ao se omitirem no cumprimento de seus deveres de verificar a legalidade dos processos internos. Além de que, se preciso for, é dever deles denunciar à administração e aos acionistas.