Petrobrás

Análise Levante – Ação da Petrobras deve sofrer no curto prazo

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Por Eduardo Guimarães*

A produção de petróleo da Petrobras atingiu 2 milhões de barris diários no segundo trimestre de 2019, queda de 0,5% em relação ao mesmo período de 2018 e aumento de 4,1% em relação ao primeiro trimestre de 2019. No acumulado do ano até junho, a produção caiu 3% em relação a igual período do ano passado.

A queda anual na produção é explicada pela venda de participação de 25% do campo de petróleo Roncador e “devido às dificuldades enfrentadas no mês de junho com a estabilização das plantas de gás dos novos sistemas de produção de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, devido a sua maior complexidade”.

A Petrobras revisou para baixo a sua meta de produção de petróleo em 2019: 2,1 milhões de barris diários de óleo, uma redução de 8,7% em relação à previsão anterior.

Os dados do trimestre foram afetados pela parada não programada de 14 dias na plataforma de Mangaratiba (no Rio de Janeiro), no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, para a correção no sistema de desidratação de gás, que impactou em 60 mil barris de óleo equivalente diários a produção de junho.

Esperamos impacto negativo no preço das ações da Petrobras (PETR3/PETR4) no curto prazo. É a primeira vez em quatro anos que a petroleira revisa para baixo os dados de produção de petróleo.

A nova previsão (guidance) de produção de petróleo está em linha com os dados de produção de 2018. A alta de 0,5% nos preços internacionais de petróleo nesta sexta-feira (26/jul) ameniza os dados negativos de produção de petróleo.

Na esteira, a empresa informou que a produção em julho já retomou o ritmo normal de produção de 2,7 milhões de barris de petróleo.

Os principais catalisadores das ações da Petrobras ficam por conta da venda de ativos, redução do nível de endividamento e preços internacionais de petróleo.

*Eduardo Guimarães é especialista em ações na Levante.

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