Gafisa

Novo financiamento imobiliário pode impactar ações da Cyrela, Tecnisa e outras

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Por Eduardo Guimarães*

Os bancos vão começar a oferecer financiamento imobiliário corrigido pela inflação (IPCA) no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), após a resolução ser aprovada no Conselho Monetário Nacional (CMN).

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, comentou em entrevista sobre a nova modalidade de crédito imobiliário, com lançamento na próxima semana.

No final da noite, o Banco Central do Brasil confirmou a medida que criou o crédito imobiliário atrelado à inflação no âmbito do SFH, que utiliza recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

As linhas que a Caixa vai lançar serão mais baratas do que as oferecidas pelo banco, indexadas pela TR. A expectativa é que as taxas de financiamento fiquem em IPCA mais um intervalo entre 2% a 5%, dependendo do perfil de crédito e do grau de relacionamento com o cliente.

A notícia é positiva para o setor de construção civil especialmente para o segmento mais voltado à média renda, pois cria alternativas de fontes de recursos para o crédito imobiliário, reduzindo a dependência da poupança (atualmente 65% do saldo da poupança deve ser direcionado ao crédito imobiliário).

Esperamos impacto positivo no preço das ações das empresas do setor imobiliário voltada ao segmento de média renda: Cyrela (CYRE3), Eztec (EZTC3), Even (EVEN3), Trisul (TRIS3), Tecnisa (TCSA3), Helbor (HBOR3) e Gafisa (GFSA3).

O cliente que adquire o seu imóvel poderá escolher o indexador do financiamento imobiliário (TR ou IPCA) e o regime de capitalização (tabela SAC ou Price).

Segundo o presidente da CEF, existe a possibilidade de securitizar e empacotar esse novo crédito imobiliário em IPCA em certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), o que daria mais giro à carteira e pode representar nova fonte de recursos de financiamento para o setor imobiliário.

A notícia é positiva pois o setor de construção civil começa a apresentar sinais de recuperação em termos de lançamentos e vendas no segmento de média e alta renda, e vai demandar fontes de financiamento para o seu crescimento.

*Eduardo Guimarães é especialista em ações na Levante, empresa de recomendações, análises e carteiras de investimentos. Esta coluna é de inteira responsabilidade da Levante e não reflete, necessariamente, a opinião da SpaceMoney.

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