Economia

Análise Levante: volta de Esteves não deve afetar preço do BTG no curto prazo

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Por Eduardo Guimarães*

Foi dado mais um passo para a volta do banqueiro Andre Esteves ao comando do Banco BTG Pactual: apresentação de uma declaração de propósito de responsabilidade – documento apresentado ao Banco Central que aponta que Esteves terá 61,55% da G7 holding, veículo onde estão os maiores sócios do BTG.

A G7 tem 57,4% do capital votante e 23% do total da BTG Pactual Holding, que controla o banco.

A notícia é neutra para o Banco BTG. Não esperamos impacto relevante no preço das ações (BPAC11) no curto prazo.

A volta de Andre Esteves ao BTG foi anunciada no final de dezembro de 2018, com algumas aparições públicas, mas sem um cargo formal na instituição financeira. Esteves havia se afastado do controle do BTG em 2015 e foi absolvido ano passado da acusação de obstrução de Justiça em investigações da Operação Lava-Jato.

Na última oferta subsequente de ações (follow-on) do banco em junho, com a migração das ações para o nível 2 de Governança Corporativa da B3, André Esteves realizou as reuniões com investidores locais no âmbito da oferta.

O lançamento do banco BTG Digital, com a contratação de nomes de peso (ex: Amos Genish da Telecom Italia e Will Landers da Blackrock), é a mais recente iniciativa de trazer o banco BTG Pactual de volta ao crescimento (da sigla em inglês “back to growth”), com possibilidade de que o banco digital seja uma companhia listada com vida própria na Bolsa. As ações do BTG (BPAC11) acumulam impressionante alta de 147,2 por cento no acumulado de 2019.

*Eduardo Guimarães é especialista em ações na Levante, empresa de recomendações, análises e carteiras de investimentos. Esta coluna é de inteira responsabilidade da Levante e não reflete, necessariamente, a opinião da SpaceMoney.

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