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Analistas continuam otimistas com a Tesla (TSLA34) com perspectiva de melhora no lucro

Companhia apurou um LPA ajustado de US$ 2,27, superando as estimativas consensuais de US$ 1,81

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Por Senad Karaahmetovic, da Investing.com – As ações da Tesla (BVMF:TSLA34)(NASDAQ:TSLA) subiam 7,43% por volta das 12h45 desta quinta-feira, após a fabricante de veículos elétricos registrar um LPA melhor do que o esperado no 2º tri de 2022, embora as margens brutas automotivas tenham ficado mais fracas em comparação com o mesmo período do ano passado.

A companhia apurou um LPA ajustado de US$ 2,27, superando as estimativas consensuais de US$ 1,81, de acordo com a Refinitiv. A receita foi de US$ 16,93 bilhões, levemente abaixo dos US$ 17,1 bilhões esperados. A Tesla disse que US$ 14,6 bilhões são receitas automotivas, ao passo que US$ 1,47 bilhão e US$ 866 milhões vieram de serviços e negócios de energia, respectivamente.

A fabricante de veículos elétricos (VEs) faturou US$ 344 milhões com créditos automotivos regulatórios no trimestre, uma queda de 3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A companhia registrou ainda uma margem bruta automotiva de 27,9%, ante 32,9% no trimestre anterior e 28,4% no mesmo período do ano passado. Os níveis elevados de inflação e o acirramento da concorrência por células de bateria pesaram sobre as margens brutas automotivas da Tesla.

Durante a teleconferência de resultados desta quarta-feira, o CEO Elon Musk disse que a produção da nova fábrica fora de Berlim teve uma alta de mais de 1000 VEs por semana em junho. O bilionário também espera que a nova fábrica da Tesla em Austin supere a marca de 1000 carros por semana nos próximos meses.

A maior empresa de VEs do mundo também revelou que vendeu 75% da sua carteira de Bitcoins no fim do 2º tri, o que gerou um caixa de US$ 936 milhões.

Um analista do Morgan Stanley (NYSE:MS) disse que os resultados foram "mais fortes do que o esperado” no tocante à receita e às margens. Ele continua otimista com as ações da Tesla, pois acredita que a robusta demanda continuará superando a oferta restrita.

“Estamos preparados para adversidades na margem no curto prazo, devido a (novos) desafios em aumentar a nova produção, especialmente em Berlim… O que importa para a ação até o fim do ano? (a) A força da reabertura da China e (b) aumento da produção em Austin/Berlin, (c) inflação de insumos vs. precificação e impacto na margem”, disse ele aos clientes em nota.

Um analista do Goldman Sachs (NYSE:GS) disse que os resultados do 2º tri “ficaram dentro das expectativas dos investidores”, o que é suficiente para reiterar a recomendação de compra e um preço-alvo de US$ 1000.

“Acreditamos que a combinação de melhora nos volumes de produção (graças à redução das restrições de oferta de semicondutores) e uma sólida precificação ajudarão as entregas de automóveis e as margens brutas automotivas não GAAP a desenvolver uma tendência de alta nos próximos trimestres”, escreveu em nota.

Um analista do Mizuho (NYSE:MFG) elevou o preço-alvo das ações da Tesla para US$ 1175, contra US$ 1150 anteriormente, após um “bom” trimestre.

“Continuamos vendo um sólido aumento de produção, lucratividade e execução, VEs crescendo a um CAGR  de ~+30% em 10 anos, com a TSLA reiterando sua meta de CAGR de entregas de ~50%. Acreditamos que, no médio prazo, as preocupações dos investidores girarão em torno de uma possível desaceleração do consumo no 4º tri de 2022 (embora o CEO Elon Musk tenha ressaltado que não viu uma desaceleração ainda, com o tempo de espera pelo Model Y-LR acima do C23E)”, disse ele em nota aos clientes.

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