Recuo nas ações

Analistas cortam preço-alvo de Apple (AAPL34) antes do balanço por questões macro e câmbio

Recuo nos valores são resultados de impactos da Covid-19 na China

- Laurenz Heymann/Unsplash
- Laurenz Heymann/Unsplash

Por Senad Karaahmetovic, da Investing.com – Pelo menos dois analistas que cobrem a Apple (BVMF:AAPL34) (NASDAQ:AAPL) rebaixaram seus preços-alvo antes do balanço do 3º tri fiscal da gigante da tecnologia sediada em Cupertino, Califórnia.

Um analista do Wells Fargo (NYSE:WFC) cortou o preço-alvo de US$ 205 para US$ 185, por considerar que “a piora da situação da Covid na China e outros países, a deterioração do ambiente macro e o aumento do impacto cambial são os maiores riscos para as estimativas de curto prazo”.

Mesmo assim, reiterou a classificação de overweight (acima da média) para a AAPL, por acreditar que a companhia está “bem posicionada para enfrentar esses desafios e que a demanda do iPhone pode ser maior do que a do setor geral de smartphones, graças ao enriquecimento contínuo do mix”.

“Acreditamos que nossa tese positiva para a Apple continua intacta: monetização de um ecossistema em expansão, melhora em GM% com aumento de serviços e mix  de aparelhos premium (embora a inflação de custos com insumos seja uma preocupação), inovação contínua de produtos e retorno de capital”, concluiu o analista.

No mesmo sentido, uma analista do Morgan Stanley (NYSE:MS) rebaixou o preço-alvo de US$ 185 para US$ 180, pois problemas na cadeia de suprimentos e a valorização do dólar podem limitar o potencial de alta para o trimestre de junho.

“Esperamos que os resultados do trimestre de junho fiquem levemente abaixo das estimativas de Wall Street e na faixa inferior das projeções, com o baixo desempenho de Mac e Serviços mais do que compensando os sólidos resultados do iPhone. Vemos potencial para comentários mais cautelosos sobre o trimestre de setembro”, afirmou aos clientes em nota.

A analista também reiterou sua classificação de overweight (acima da média) pelo fato de as ações da AAPL serem de “alta qualidade”.

“A Apple continuará sendo um palco de batalha entre comprados e vendidos no curto prazo, mas mantemos a classificação de OW por ser um nome de alta qualidade em queda”, concluiu.

Ambos os analistas estão abaixo do consenso tanto para LPA quanto para receita no 3º tri fiscal.

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