Petrobras

Mesmo com pandemia, Petrobras eleva pagamentos de dividendos à União, diz jornal

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Por Gabriel Codas, da Investing.com – A Petrobras (SA:PETR4) vai realizar neste ano um aumento no pagamento de dividendos ao governo federal, indo em sentido oposto ao das outras estatais. A estimativa é pela distribuição de R$ 1,6 bilhão para o acionista controlador. Assim, a petroleira vai ter participação no total arrecadado do conjunto de empresas públicas indo de 6,3% para 27%. A informação foi confirmada pelo Tesouro Nacional à Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo.

Histórico

Em 2019, sem a crise motivada pela pandemia do novo coronavírus, a estatal repassou R$ 1,3 bilhão. Houve, portanto, uma alta de 23% desde então.

A publicação traz a avaliação de especialistas de que, com a queda do preço do petróleo no começo do ano, e a pandemia da Covid-19, a Petrobras já teria argumentos suficientes para suspender a distribuição dos dividendos e, com isso, atravessar a crise com mais tranquilidade.

Então, a decisão da companhia vai na contramão, com o pagamento ainda maior pelas ações detidas pela União, que vai receber, a cada ON mais do que recebeu em todo o ano passado. Considerando os pagamentos já feitos e programados para 2020, o governo tem direito a R$ 0,43 por ação ordinária. Em todo o ano passado, esse valor foi de R$ 0,35.

Além disso, o veículo explica que o preço da ação ordinária, detida pelos acionistas controladores, para o cálculo da distribuição de dividendos em 2019 foi definido em assembleia de acionistas na semana passada.

Como, por tradição, o valor do papel preferencial é maior que o das ações ordinárias, essa foi uma maneira de atrair investidores. A Petrobrás, no entanto, contrariou o costume, e estabeleceu que cada ação preferencial, detida pelos minoritários, neste ano, vale praticamente nada (R$ 0,000449).

A estatal argumentou que os valores por ação aprovados em assembleia são, na verdade, um complemento ao que foi utilizado no pagamento antecipado do dividendo no ano passado. Em 2019, ela pagou adiantado R$ 0,50 por cada ação detida pelos acionistas majoritários.

Já em 2020, acrescentou R$ 0,23 para chegar a um valor total de R$ 0,73. Já o valor das preferenciais antecipado foi de R$ 0,92 e não ficou remanescente para este ano. Assim, segundo a empresa, no fim das contas, as preferenciais ficaram com um valor superior ao das ordinárias.

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