Suzano

BTG: estratégia da Suzano gera recomendação de compra a R$ 44

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O balanço do quarto trimestre de 2019 da Suzano revelou que a empresa teve um EBTIDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) de R$ 2,5 bilhões. Com esse resultado, a companhia mostra que a recente estratégia de desestocagem de polpa de celulose tem sido efetiva para melhorar a operação da empresa, o que fez o BTG Pactual recomendar a compra de suas ações, com preço-alvo em R$ 44,00.

Leia mais em: Suzano se recupera depois de queda no começo da sessão

Estratégia

Após instaurar a nova política de diminuição de estoques, iniciada no ano passado, motivada pelo valor baixo da polpa de celulose, a Suzano conseguiu reduzir em 650 kt suas reservas, atingindo o patamar de dois milhões de toneladas. Assim, ela pode ganhar até R$ 2 bilhões a mais, segundo estimativa do BTG, aumentando sua margem operacional. E isso, para o banco, deve permitir à empresa continuar apresentando bons resultados.

As vendas da Suzano no último trimestre do ano passado apresentaram aumento de 15% no último trimestre de 2019, somando 2,92 milhões de toneladas. Na mesma linha, a produção viu cresceu 8% no mesmo período e o preço final das exportações ficou na estimativa do BTG, com US$ 471 por tonelada.

Prós e contras

Além disso, o indicador de custo de operação (cash cost, em inglês), que leva em conta os custos com matéria prima, produção e pessoal, teve queda de 4%. Ainda segundo o BTG, o resultado não foi melhor porque sofreu pressão por fatores como a compra de material de empresas terceirizadas, por exemplo.

Um dos pontos que o BTG Pactual vê como ponto negativo é a alta dívida líquida da empresa, apesar de a mesma ter diminuído cerca de R$ 1,1 bilhão no quarto semestre de 2019. Entretanto, o valor de R$ 54,1 bilhões ainda é cinco vezes o EBITDA da companhia. Segundo a instituição financeira, as agências de risco vão continuar levando esse fato em conta até o momento da polpa de celulose retomar um ciclo de alta nos preços.

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