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Após abrir em alta, Ibovespa assume viés de baixa com incertezas do cenário externo

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava, às 12h45 desta quarta-feira (29), com queda de 0,39%, aos 116.022,90 pontos. Na ausência de indicadores econômicos internos, o mercado brasileiro espera mais informações sobre a situação do novo coronavírus.

Na segunda-feira (27) o índice teve forte queda e fechou abaixo dos 115 mil pontos, devido ao medo de que a doença se transforme em uma pandemia, quando atinge escala global. Especialistas estimam que o impacto econômico dessa crise seja pior do que o da epidemia de SARS, do início dos anos 2000.

Já o dólar comercial operava em alta de 0,32%, cotado a R$ 4,208, no mesmo horário, acompanhando a tendência de alta da moeda dos EUA no mercado internacional, motivada pela aversão dos investidores a risco nesse momento de incertezas.

Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:

Mercados internacionais

Por causa do Ano Novo Chinês, a bolsa da China não abriu, mas a bolsa do Japão e Coreia do Sul fecharam em alta e a bolsa de Hong Kong teve recuo de 2,82%.

Na avaliação dos investidores, se o país não conseguir controlar a situação, a frágil estabilização da economia mundial, após a assinatura dos acordos comerciais entre EUA e China, pode ser comprometida. Os índices da Europa operam em alta e os futuros de Nova York também apontam para uma abertura com leves ganhos.

Coronavírus

O número de casos confirmados e mortes pela nova cepa (variedade) de coronavírus só aumenta. Até a última atualização, 132 pessoas morreram e mais de cinco mil já foram contaminadas, com a maioria dos casos ocorrendo na China. Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o risco global do coronavírus de “moderado” para “alto”.

No Brasil, três casos da doença estão sendo investigados em pessoas que estiveram ou entraram em contato com pessoas que viajaram para a China nos últimos meses. Além do gigante asiático, outros 14 países também tiveram casos.  

Reunião do Fed

O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, encerra hoje (29) sua reunião para decidir sua política monetária. O comunicado da instituição está programado para ser divulgado às 16h. Especialistas de mercado estimam que a entidade monetária deverá manter a taxa de juros inalterada. Por outro lado, existe uma parcela dos analistas que temem que o Fed está esgotando seus recursos para uma eventual nova desaceleração da economia americana. 

Investimentos em estatais

O valor de investimentos em estatais no ano de 2019 foi de R$ R$ 58,3 bilhões, uma queda de 31,3% ante os R$ 84,8 bilhões investidos em 2018, como mostra a reportagem do jornal Valor Econômico. Em nota, o Ministério da Economia afirmou que 94% do valor foi destinado à Petrobras e Eletrobras, que estão em fase de desestatização, o que explica o menor valor.

Confiança na indústria

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou, nesta quarta-feira (29), que o Índice de Confiança na Indústria teve alta de 1,5 ponto de dezembro de 2019 para janeiro deste ano. Com o resultado, o indicador chegou a 100,9 pontos, o maior valor desde março de 2018 (101,4 pontos). O que mais contribuiu para essa alta da expectativa foi a avaliação sobre a evolução do ambiente de negócios nos próximos seis meses.

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