O governo federal iniciou nesta quarta-feira (30) a privatização do setor portuário no país e mira para novembro o leilão do Porto de Santos, o maior da América Latina, após um resultado positivo obtido com o certame da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que opera os portos de Vitória e Barra do Riacho.
O leilão da Codesa, o primeiro de uma operadora portuária na história do país e organizado pelo BNDES, servirá de base para outras privatizações que o governo prevê fazer até o fim do ano. Além de Santos, estão na pauta do Ministério da Infraestrutura os leilões dos portos de São Sebastião (SP) e Itajaí (SC) e a Codeba, que administra os portos de Salvador, Ilhéus e Aratu, na Bahia. A privatização da estatal baiana é prevista para 2023.
"O Porto de Santos é prioridade e temos condição de realizar o leilão em novembro", disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, após o certame da Codesa. O leilão da companhia capixaba levantou R$ 106 milhões em outorga e foi vencido por um fundo da Quadra Capital.
"Santos concluiu consulta pública, São Sebastião também e Itajaí ainda está em consulta…Isso significa que todos têm condições de serem leiloados este ano", disse Freitas.
A privatização da Codesa foi o último leilão que contou com a participação de Freitas como ministro. Ele vai deixar a pasta para disputar a eleição ao governo de São Paulo e será substituído pelo atual secretário executivo, Marcelo Sampaio.
Segundo Sampaio, presente no leilão da Codesa, a privatização da companhia capixaba deu "tranquilidade para prosseguir" com o modelo de concessões no setor portuário.
* Com informações da Reuters