Temporada de cruzeiros

Após surtos de covid-19, companhias de cruzeiros suspendem operações no Brasil até 21 de janeiro

Na tarde desta segunda-feira (3), a Clia Brasil (Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros) anunciou a suspensão voluntária e imediata das operações nos portos do Brasil

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Na tarde desta segunda-feira (3), a Clia Brasil (Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros) anunciou a suspensão voluntária imediata das operações nos portos do Brasil até 21 de janeiro de 2022.

Durante esta pausa, a Clia afirma que estará trabalhando em nome das companhias de cruzeiros que
operam no país – MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros – para buscar alinhamento com as autoridades
do governo federal, Anvisa, estados e municípios nos destinos operados em relação às
interpretações e aplicações dos protocolos operacionais de saúde e segurança que haviam sido
aprovados no inicio da atual temporada, no mês de novembro.

A decisão acontece um dia depois de a Anvisa reforçar a "urgência" em acabar com temporada de cruzeiros após surtos de Covid em navios. A recomendação foi feita ao Ministério da Saúde.

De acordo com a Clia, a suspensão temporária e voluntária ocorre com efeito imediato para novas partidas e nenhum hóspede será embarcado até o dia 21 de janeiro. Os cruzeiros atuais vão finalizar os seus
itinerários conforme planejado.

Em nota, a Clia Brasil afirma lamentar que as companhias tenham sido levadas a tomar essa decisão no Brasil, "dado que os protocolos de saúde e segurança dos navios continuam mostrando a sua eficiência,
destacando-se como um exemplo a ser seguido em todo o mundo. No entanto, é importante que haja convergência entre os protocolos dos navios e os acordos feitos com as autoridades. Esperamos esclarecer esses acordos para garantir um plano uniforme entre as empresas e as autoridades em todos os níveis".

Impacto Econômico

De acordo com a Clia, a temporada atual, que começou em novembro de 2021, tem previsão de movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão, além da geração de 24 mil empregos, envolvendo
uma cadeia extensa de setores da economia, entre eles comércio, alimentação, transportes, hospedagem, serviços turísticos, agenciamento, receptivos e combustíveis, entre muitos outros.

A estimativa, conforme estudo da própria associação em parceria com a FGV, é de que cada navio gera em
torno de R$ 350 milhões de impacto para a economia brasileira.

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