A Receita Federal arrecadou R$ 139,030 bilhões em abril deste ano, um aumento de 1,28% em relação ao mesmo mês de 2018, já descontada a inflação do período. Trata-se do melhor resultado da arrecadação no mês de abril desde 2014, segundo o levantamento divulgado pela Receita Federal.
O crescimento da arrecadação é resultado principalmente das receitas administradas por outros órgãos – principalmente os royalties do petróleo – que cresceram 24,82%, totalizando R$ 11,03 bilhões. Já as receitas administradas pela Receita Federal, como impostos e contribuições, ficaram em R$ 127,99 bilhões, com queda real (descontada a inflação) de 0,34%.
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De janeiro a abril, a arrecadação somou R$ 524,371 bilhões, com crescimento real de 1,14%. Esse também foi o maior resultado para o período desde 2014. As receitas administradas pela Receita chegaram a R$ 499,165 bilhões, com aumento real de 0,3%. As receitas administradas por outros órgãos chegaram a R$ 25,205 bilhões, com crescimento de 21,12%.
Segundo o Chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, parte do crescimento observado no primeiro quadrimestre é explicado pela arrecadação do Imposto de Renda das empresas. De acordo com ele, o crescimento das empresas em 2018 ainda se refletem neste ano porque houve recolhimento no primeiro trimestre.
Outros fatores são a alta dólar, do preço do petróleo e da produção, o que leva a aumento das receitas com royalities. “A produção tem mostrado crescimento e o preço do barril de petróleo e o câmbio têm favorecido a elevação do pagamento das participações”, disse Malaquias.
O subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, Marco Cavalcanti, afirmou que “o crescimento lento da economia se reflete em uma arrecadação não tão forte como gostaríamos”. Segundo ele, com a aprovação de reformas, como a da Previdência, a expectativa é de a arrecadação cresça mais. Cavalcanti disse ainda que mesmo os analistas de mercado, cientes do tempo requerido para aprovação da reforma no Congresso, já indicaram que haverá um impacto importante na economia já em 2019, embora o maior impacto ocorra mesmo a longo prazo.
Com informações da Agência Brasil
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