Comportamento

ARTIGO - Black Friday 2022: consumidor quer comprar, mas quer boas oportunidades

A Copa do Mundo também irá contribuir para alavancar as vendas de eletrônicos e equipamentos

- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por Ana Zucato*

Faltam poucos dias para a Black Friday, um dos momentos mais esperados pelos consumidores para a compra de produtos e serviços com preços abaixo do praticado pelo mercado. Para este ano, espera-se que haja um crescimento nas vendas que ultrapasse o desempenho do varejo no ano passado.

No e-commerce, por exemplo, a estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCom) aponta que a Black Friday deste ano deve contabilizar alta de 3,5% nas vendas somente no e-commerce – um dos canais de vendas mais fortes do varejo na data – fechando o período com R$ 6,05 bilhões no bolso.

No ano passado, o comércio eletrônico obteve aumento de 6% nas vendas na data, conforme dados da Neotrust.

O cenário econômico do País ainda é desafiador, com o PIB crescendo abaixo de 1% e a taxa de juros elevada.

Porém, a inflação está cedendo – de acordo com dados do IBGE, o IPCA registrou queda de 0,36% em agosto e de 0,68% em julho – o que traz um pouco mais de confiança para o consumidor fazer suas compras, principalmente de itens mais caros que podem ser pagos via parcelamento e divididos entre casais, grupos de amigos ou até mesmo pela família.

Várias pesquisas feitas pelo mercado apontam que o consumidor está intencionado a fazer compras na data. Uma delas, feita pelo Instituto Ipsos, destaca que 70% dos entrevistados está se preparando para consumir na Black Friday.

Para o varejo, a Black Friday é um momento muito competitivo não somente para alavancar as vendas, mas principalmente para capturar a atenção do cliente, o que acaba elevando o custo de aposta em ações voltadas para a data.

Mas, para o consumidor, as ofertas devem ser acompanhadas com antecedência para evitar que ele caia na “black fraude”. Em termos de atrativos, o desconto extra com pagamento via PIX pode ser uma das tendências para a data.

E, neste ano, há um componente importante a mais que pode incrementar esses números: a Copa do Mundo, um dos eventos que moram no coração dos brasileiros, que são verdadeiros apaixonados pelo futebol, o que deve impulsionar ainda mais a venda de TVs, roupas e compras no supermercado, itens que, nessa data, também podem ganhar relevância na carteira da Noh.

Muitos consumidores também aproveitam a Black Friday para antecipar as compras para o Natal, tendência que eu acredito que siga forte neste ano, mesmo com a inflação mais baixa.

Apesar de o brasileiro ser conhecido por deixar para a última hora, ele também gosta de pagar mais barato, parcelado e ainda dividir os gastos.

Mesmo diante do cenário econômico incerto, a Black Friday de 2022 tem tudo para trazer boas notícias, tanto para o varejo quanto para o consumidor.

*Ana Zucato, cofundadora e CEO da Noh.

As informações são de TM Comunicações.

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