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ARTIGO - O fenômeno das startups: como elas sobreviveram e cresceram na pandemia

No ano passado, nasceram mais de 35 mil novas startups e empresas da área da tecnologia, um aumento de 210% em relação a 2011, e só no primeiro semestre deste ano, foram investidos mais de US$ 5,2 bilhões no setor

- Anthony DELANOIX via Unsplash
- Anthony DELANOIX via Unsplash

Por Mikio Kawai Jr.*

A pandemia, que se iniciou em março de 2020 no Brasil, foi um obstáculo para várias empresas e empreendedores, que ficaram por muito tempo sem saber o que fazer.

Contudo, depois de um ano dessa dura realidade que tivemos que enfrentar, o brasileiro com seu espírito inovador, deu um novo significado ao ditado popular "se a vida te der um limão, faça uma limonada".

De acordo com um levantamento da DataHub, no ano passado nasceram mais de 35 mil novas startups e empresas da área da tecnologia, um aumento de 210% em relação a 2011.

E não para por aí, uma pesquisa feita pela Inside Venture Capital, no primeiro semestre de 2021 foram investidos mais de US$ 5,2 bilhões no setor.

Tal crescimento pode ser explicado, principalmente, pelas inovações criadas durante esse período e como a tecnologia ajudou a manter as pessoas conectadas possibilitando, em partes, que tivessem suas atividades cotidianas realizadas normalmente.

Um exemplo disso, foi o setor tecnológico, que deu a muitos negócios a solução de resolver questões burocráticas de forma digital, como as startups de assinatura digital, agilizando essa transformação, que já vinha acontecendo lentamente.

Além disso, outro fator, dessa vez econômico, foi crucial para que o mercado de startups se mantivesse aquecido, tendo em vista essa mudança drástica que o país sofreu em relação à tecnologia, os altos juros e questões inflacionárias, fizeram com que tivesse bastante liquidez mundial para esse segmento, se tornando um ótimo investimento no país.

Os setores relacionados a healthtechs, fintechs e startups relacionadas à logística e atendimento ao cliente foram essenciais e as que mais se destacaram, pois inovaram na forma de realizar e proporcionar aos clientes o fim de dores que eles nem sabiam ser possível sentir, como a facilidade em abrir uma conta bancária, que não tinham acesso e os testes rápidos de Covid-19 que foram importantes para ajudar na organização da saúde durante a pandemia.

A logística de cargas, também se tornou mais ágil, não só em comércios locais, como internacionais, no qual o que demorava três meses para receber um produto estrangeiro, agora, é possível tê-lo em mãos em 15 dias ou menos.

Apesar dos inúmeros benefícios e a forma como empreendedores lidaram com seus negócios nesse período, inovando-os, apenas uma questão será difícil de abater, sem a volta completa do contato presencial: o feeling da contratação.

É importante entender que uma empresa não se completa apenas com um líder e uma ideia, é necessária uma equipe profissionalizada para suportar todas as necessidades que uma startup precisa, e durante o ano de 2021, percebemos que muitas foram afetadas por não ter e nem conseguir manter um profissional qualificado.

E esse fato pode ser facilmente explicado, já que no momento de contratação, o contato físico e a comunicação diária, faz com que o contratado se sinta acolhido e parte de uma história, além de ser possível conhecê-lo melhor.

O "apagão do RH", como carismaticamente chamamos, foi o ponto de declínio neste ano, mas acreditamos que com a volta à normalidade, na medida do possível, irá se restabelecer ano que vem.

E a tendência para 2022 já é clara, esse crescimento disparado foi um caminho sem volta e por isso, as expectativas para o futuro é que o aumento das startups e de suas funcionalidades se adaptem cada vez, tornando o nosso país, que sempre sofreu com um atraso nesse setor, ande para frente e se torne um exemplo para o mundo.

*Mikio Kawai Jr., CEO do Grupo Safira e mentor dos programas de Inovação.

Com informações de MGA Press.

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