IR 2021

ARTIGO - O que fazer com a restituição do Imposto de Renda?

Antes de aproveitá-lo, é importante fazer uma análise da situação financeira própria e reais necessidades para que o recurso seja melhor aproveitado

- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por Gabriela Mosmann*

A restituição do Imposto de Renda é a devolução de parte do imposto pago no ano anterior, em casos de contribuição acima do que seria devido. Neste ano, ela começará a ser paga a partir do dia 31 de maio, em 5 lotes, com prioridade de acordo com a ordem de entrega. Mas, com o dinheiro extra em mãos, o que fazer?

Antes de aproveitá-lo, é importante fazer uma análise da situação financeira própria e reais necessidades, para que o recurso seja melhor aproveitado.

Em primeiro lugar, é importante não usar o dinheiro antes de ter ele consigo de fato. Ou seja, não criar nenhum tipo de despesa já considerando o quanto se vai ganhar. O ideal é só usar os recursos assim que eles estiverem disponíveis para evitar despesas desnecessárias ou compras por impulso.

Em segundo, é preciso se perguntar: você atualmente possui dívidas? Caso afirmativo, deve-se aproveitar esse extra para pagar ao menos parte delas. Não é saudável financeiramente acumular dívidas e nem ignorar a capacidade de aumento de juros delas. Verifique como estão suas finanças hoje e, se tiver dívidas ou sabe que terá algum tipo de gastos inevitáveis mais para a frente, aproveite a restituição para isso.

Já quem não está endividado atualmente, mas não tem nenhum tipo de economia ou reserva financeira, agora é a hora de formá-la. A restituição de IR é um dinheiro adicional que pode ser utilizado para você iniciar seus investimentos. O ideal é começar a investir em renda fixa formando uma reserva de emergência – é, praticamente, um “dinheirinho” para imprevistos que sempre ocorrem na nossa vida.

Caso se esteja com todas as finanças em dia e já com uma rotina de investimentos, a utilização da restituição pode ser vista com maior liberdade. Nessa situação, o que vale é o bom senso. Entender como utilizar melhor esse dinheiro vai ser algo muito pessoal e da realidade de cada um que se encontra com a vida financeira em ordem.

Vejo que, geralmente, uma mescla entre uma economia para algum objetivo específico, como uma viagem, e investimentos são sempre muito interessantes, pois envolve essa mistura de gratificação imediata com o foco no longo prazo.

Como utilizar sua restituição vai depender da realidade hoje, aproveitar esse dinheiro extra para organizar as finanças será uma decisão certeira. Enquanto ela não cai na conta, pode-se ficar tranquilo: o valor é atualizado pela taxa Selic a partir do mês seguinte ao prazo final de entrega da declaração anual, (31 de maio neste ano) até o mês anterior ao pagamento da restituição, com o adicional de 1% no mês do depósito.

*Gabriela Mosmann é analista de investimentos (CNPI) da Suno Research.

Com informações de TM Comunicações.

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