Moedas digitais

ARTIGO - Panorama global do Bitcoin: principais vantagens para o investidor brasileiro

Inicialmente desconfiado, o Bitcoin conquista até mesmo investidores mais tradicionais pelas possibilidades que o ativo digital pode oferecer

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Por Beto Assad*

Nos últimos anos, as criptomoedas ganharam rápida popularização. No entanto, logo no início, enfrentavam a desconfiança dos investidores mais tradicionais, os mesmos que agora estão se rendendo a todas as possibilidades que os ativos digitais podem oferecer.

Dentre elas, a moeda que se destaca como a principal e mais famosa é o Bitcoin (BTC) que, de novembro de 2020 a abril de 2021, apresentou uma valorização impressionante, de mais de 400%.

Nos Estados Unidos, grandes empresas já aceitam o BTC como forma de pagamento, movimento que só tende a crescer.

No Brasil, a cidade de São Paulo já é listada como uma das capitais da América Latina onde muitos estabelecimentos aceitam o bitcoin para vender seus produtos e serviços.

Assim, listo abaixo as vantagens de investir na principal moeda digital do mundo:

Valorização

O primeiro aspecto é a valorização, visto a escalada de alta da criptomoeda – que foi impressionante.

Considerando um período de 10 anos, aproximadamente, o bitcoin valia em torno de US$ 0,73, no início de abril. Olhando agora para o mesmo período em 2021, a moeda está valendo em torno de US$ 58.400, uma valorização impressionante de 7.999.900%.

Mesmo já tendo disparado nos últimos anos, especialistas apontam que o bitcoin tem espaço para crescer mais ainda com sua aceitação, que também é ascendente.

Mas vale sempre lembrar que a rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Quedas podem representar oportunidades, desde que o investidor tenha conhecimento do risco que está assumindo.

Serviço não centralizado

Por ser uma moeda digital, o governo não pode congelar ou confiscar seus bitcoins, assim como pode fazer com as moedas do país. Quem se lembra do Plano Collor sabe bem o que isso significa. Isso acontece pela falta de controle governamental e de intermediários financeiros.

Controle total do usuário

Quem tem bitcoin tem total liberdade e controle sobre suas transações. Isso acontece, pois não há controle dos governos mundiais sobre o BTC.

Atualmente, no Brasil, o investidor é obrigado a declarar a posse de bitcoins pelo seu custo de aquisição, mas só paga imposto caso venda criptomoedas com lucro em valores superiores a R$ 35 mil.

Porém, caso haja interesse em pagar contas, ou doar bitcoins, é possível fazer isso sem qualquer intervenção governamental. 

Segurança

O funcionamento das criptomoedas é baseado na segurança da tecnologia do blockchain. Trata-se de um tipo de base de dados que guarda registros de transações, além de ser à prova de violação.

Essa segurança do sistema, aliada ao fato de dispensar o uso de dados pessoais, traz tranquilidade aos usuários contra fraudes.

Compras em qualquer lugar do mundo / moeda universal

É possível realizar negócios em qualquer parte do mundo, desde que o vendedor receba bitcoins como forma de pagamento. O bitcoin é uma moeda universal e, assim, não precisa passar por conversões monetárias. Essa é a legítima globalização do dinheiro.

Acesso às informações

Até pouco tempo, o bitcoin era considerado um mistério, já que poucas pessoas entendiam o funcionamento do criptoativo e tinham receio de investir.

Hoje, já existem diversos sites especializados em finanças pessoais e investimentos com muita informação sobre o BTC, facilitando o acesso a quem deseja investir na principal criptomoeda do mundo.

Fácil armazenamento

Já ouviu falar em carteiras digitais? Pois é, assim como você guarda seu dinheiro em uma carteira, no mundo das criptomoedas não é diferente. Você precisa guardar seus bitcoins com segurança para não sofrer ataques virtuais ou perdê-los.

As wallets (carteiras digitais) são responsáveis por armazenar as suas chaves públicas, que permitem a outras pessoas realizarem depósitos na sua conta, e as chaves privadas, que dão acesso ao seu saldo. Acessos esses, que garantem o controle total de seus criptoativos.

Você também pode optar pelas software wallets (programas de computador, como uma internet banking), hardware wallets (como um pendrive, que armazena todos os dados e não necessita de internet para transações) e paper wallets (carteiras impressas que não permitem o gerenciamento pela internet).

Para os especialistas, as mais seguras são as do tipo hardware, por serem menos suscetíveis a ataques de hackers. Enfim, escolha a que mais se adequa ao seu perfil e basta cuidar muito bem dos seus bitcoins. 

*Beto Assad é analista de ações e consultor financeiro para o Kinvo.

Com informações da Agência Oliver Press.
 

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