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Ata do Copom: ajuste de 1,5 p.p. foi adequado para garantir convergência da inflação, diz BC

Autoridade monetária já indicou que deve repetir a dose na próxima reunião do colegiado em fevereiro de 2022

- Antônio Cruz/Agência Brasil
- Antônio Cruz/Agência Brasil

Nesta terça-feira (14), o Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Nela, o colegiado fez comparações entre cenários que envolviam ritmos de ajuste mais fortes e quadros em que a taxa de juros permanece elevada por período mais longo.

No documento, a autoridade monetária aponta que o ritmo de ajuste de 1,50 ponto percentual na Selic, neste momento, foi adequado para atingir um patamar suficientemente contracionista para garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante e consolidar a ancoragem das expectativas de prazos mais longos.

A autoridade já indicou que deve repetir a dose na próxima reunião do colegiado, em fevereiro de 2022, num sinal de que busca avançar “significativamente em território contracionista” ao dar sequência ao agressivo ciclo de aperto monetário para domar a inflação.

“Para a próxima reunião, o comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude [1,5 ponto percentual]”, diz a ata do Copom.

Ao avaliar os riscos para inflação, o Copom avalia que “novos prolongamentos das políticas fiscais [aumento de gastos públicos] de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada [procura por bens e serviços] e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco [relação entre risco e rendimentos de investimentos] do país”.

“Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico”, acrescenta.

Veja o documento completo aqui.

Com informações de Reuters.

 

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