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Embargos afetam Rússia; balanços dos EUA e bolsa brasileira: as principais notícias de hoje (27)

Fique por dentro dos cinco principais assuntos que movimentarão os mercados em todo o mundo nesta quarta-feira

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Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34) e Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34) têm resultados diferentes no primeiro trimestre, já que o TikTok deu uma mordida maior na receita de publicidade do YouTube.

A enxurrada de balanços continua com Meta, T-Mobile, Qualcomm, Ford (NYSE:F)(SA:FDMO34) e outros mais tarde.

A Rússia desliga o gás para a Polônia e a Bulgária à medida que um embargo da UE ao petróleo russo se aproxima.

O estresse global começa a afetar a bolsa brasileira.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quarta-feira, 27 de abril:

1. A grande divergência da Big Tech pode significar problemas para a Meta

Os gigantes da tecnologia Microsoft e Alphabet relataram uma divergência acentuada em seus resultados do primeiro trimestre, com a Microsoft superando as expectativas graças a um negócio de hospedagem em nuvem em expansão e um forte desempenho do LinkedIn (um reflexo das tendências no mercado de trabalho).

A Alphabet, por outro lado, ficou muito aquém das expectativas, já que a receita de publicidade sofreu tanto com o aumento da concorrência de empresas como TikTok quanto com o aumento da disposição dos consumidores de sair do YouTube agora que não estão mais em lockdown.

As ações da Microsoft subiram 5,3% nas negociações de pré-mercado, enquanto as da Alphabet caíram 3,0% para o que seria uma baixa de 11 meses.

O desempenho relativamente fraco do negócio de anúncios da Alphabet provavelmente pesará sobre a proprietária do Facebook, Meta Platforms (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), na preparação para seu balanço após o fechamento desta quarta-feira.

2. A Rússia arma suprimentos de energia à medida que o embargo de petróleo se aproxima

A Rússia cortou o fornecimento de gás para a Polônia e a Bulgária, depois que os dois países se recusaram a pagar pelo gás em rublos em vez de euros ou dólares.

O armamento da energia rompe com mais de 40 anos de confiabilidade russa e soviética no cumprimento de seus contratos e elevou os futuros do gás europeu acentuadamente pelo segundo dia.

A medida deve ser vista como um alerta para os maiores clientes da Rússia, Alemanha e Itália, um dia depois que a Alemanha fechou um acordo com a Polônia que reduzirá bastante sua dependência do petróleo russo e, assim, tornará mais fácil para a Alemanha abandonar sua oposição ao um embargo. Sob esse acordo, a Alemanha poderá obter petróleo bruto para suas refinarias do terminal de importação da Polônia em Gdansk.

Além disso, a capacidade de produção da Rússia pode ser afetada, já que seus tanques de armazenamento e oleodutos provavelmente atingiriam a capacidade quase imediatamente após um embargo europeu, apertando ainda mais o mercado global.

Às 08h25, os contratos futuros de petróleo dos EUA subiam 0,50%, a US$ 102,21 por barril, enquanto os futuros de Brent também subiam 0,50%, a US$ 105,13 por barril.

A escalada da dimensão econômica do conflito na Ucrânia, no entanto, pesou muito sobre o euro, que caiu para o menor nível em cinco anos em relação ao dólar, e as ações europeias.

3. Mercado de ações americanas

Espera-se que as ações dos EUA se recuperem da derrota de terça-feira, embora pareçam longe de recuperar todas as suas perdas – Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), por exemplo, saltando menos de 3% no pré-mercado após sua queda de 12,8% na sessão anterior.

Às 08h27, os futuros da Dow Jones subiam 0,91%, enquanto os da Nasdaq 100 e da S&P 500 ganhavam 0,70% e 0,56%, respectivamente.

Visa e Mondelez estão se recuperando no pré-mercado, depois de apresentarem resultados melhores do que o esperado no primeiro trimestre. A Texas Instruments está estendendo as perdas após alertar sobre as restrições da cadeia de suprimentos na terça-feira. A Mattel está em alta após um relatório do WSJ dizendo que está em negociações para se vender a private equity.

T-Mobile (NASDAQ:TMUS) (SA:T1MU34), General Dynamics (NYSE:GD), American Tower Corp (NYSE:AMT) (SA:T1OW34), CME Group (NASDAQ:CME)Inc (SA:CHME34), Kraft Heinz (NASDAQ:KHC) (SA:KHCB34) e Humana Inc (NYSE:HUM)(SA:H1UM34) – entre muitos outros – todos relatam seus resultados antecipadamente, enquanto Qualcomm Incorporated (NASDAQ:QCOM)(SA:QCOM34), Amgen (NASDAQ:AMGN) (SA:AMGN34), PayPal (NASDAQ:PYPL) (SA:PYPL34) e Ford lideram divulgam seus números mais tarde.

4. Dólar atinge novas máximas

Haverá novos insights sobre a rapidez com que o mercado imobiliário americano está enfraquecendo quando os dados pendentes de vendas de casas para março forem publicados às 11h. Eles caíram nos últimos quatro meses em um cenário de preços em alta (até 20% ano a ano, de acordo com a S&P Global SPGI) e aumento dos custos de hipotecas.

Os dados semanais da Mortgage Banking Association mostram que a taxa de hipoteca de 30 anos atingiu uma alta de 13 anos de 5,20% na semana passada, enquanto os pedidos caíram nas últimas seis semanas.

Os dados de estoque de varejo e atacado às 9h30 também podem ser interessantes para esclarecer a rapidez com que a demanda do consumidor final está esfriando.

As expectativas de aperto monetário e recessão na Europa levaram o índice do dólar a uma nova alta de dois anos da noite para o dia.

5. Mercado brasileiro começa a sentir os efeitos da tensão internacional

A volatilidade se espalha pelo mercado brasileiro, com a aversão ao risco voltando a se espalhar entre os investidores. Ontem, 26, o Ibovespa fechou com queda de 2,23%, a 108.212,86 pontos, sendo o seu sétimo dia seguido de perdas, enquanto o dólar subiu 2,35%, a R$ 4,9901, se aproximando do patamar dos R$ 5 mesmo com o Banco Central fazendo o leilão extraordinário de dez mil contratos de swap cambial.

A queda da bolsa vem acontecendo desde o começo de abril, quando os ganhos do Ibovespa acumulavam alta de 16% desde o início do ano. Com o estresse do mercado, esse avanço do índice derreteu para 4%. As taxas de juros futuros também estão subindo diante desse contexto.

Segundo especialistas consultados pelo Valor Econômico, a deterioração do cenário global fez com que os investidores buscassem por ativos de proteção. Isso é um reflexo dos temores crescentes de que a economia mundial desacelere à medida que aumentam as possibilidades de que os EUA elevem a taxa de juros mais rapidamente e que a China continue com restrições rígidas por causa da pandemia.

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