O Banco do Brasil (BBAS3) tomou a decisão de adicionar R$ 507 milhões às provisões referentes à dívida da Americanas (AMER3), devido ao adiamento da divulgação dos resultados anuais de 2022 pela varejista.
Felipe Prince, vice-presidente de controles internos e gestão de risco do banco, afirmou: "A gente sempre fez uma avaliação por perda esperada, com os dados que tínhamos à disposição. Ocorre que, no caso do Banco do Brasil, o saldo dessas operações começou a ficar atrasado em junho e passou a ficar atrasado acima de 90 dias em setembro."
Prince admitiu que o processo acabou sendo mais moroso do que o banco estimava. No entanto, "a morosidade foi benéfica" aos bancos. "A proposta de capitalização inicial era de R$ 7 bilhões e depois de exaustivas negociações que nós participamos ativamente, esse aporte de capital subiu para 12 bilhões."
Com o adiamento da divulgação do balanço da Americanas, o Banco do Brasil optou por provisionar integralmente o montante da dívida da varejista, que totaliza mais de R$ 1 bilhão. A instituição financeira prefere não contar com uma reversão dessa provisão neste momento.
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"Parte desses R$ 12 bilhões que serão aportados vão para pagamento à vista dos credores, mas alguns passos têm que ser percorridos, sendo o primeiro deles a publicação do balanço", explicou Prince.
"Uma vez que o plano seja aprovado na assembleia de credores, aí sim dá-se seguimento à implementação de condições. E se nisso recebermos a uma parcela dos recursos para recebimento à vista, a reversão acaba sendo automática. Ainda há um desafio temporal a ser percorrido."
A expectativa é que a solução para essa situação ocorra entre o primeiro e o segundo trimestres do próximo ano.
