Moeda digital

Banco Central abre chamada pública para segunda fase do piloto Drex

As entidades interessadas poderão enviar suas propostas entre 14 de outubro e 29 de novembro, buscando testar smart contracts na plataforma do Drex

DREX
Banco Central do Brasil divulga lista de 13 projetos selecionados para a segunda fase de testes do Piloto Drex, envolvendo 16 consórcios e empresas

O Banco Central (BC) anunciou, nesta quinta-feira (10), as regras e procedimentos para a chamada pública de submissão de propostas de casos de negócio para a segunda fase do Piloto Drex, sua plataforma de moeda digital.

As propostas podem ser enviadas por entidades interessadas entre os dias 14 de outubro e 29 de novembro.

Esta fase do projeto se concentrará em testes de implementação de casos de negócios via smart contracts, conforme descrito no regulamento anexo à Resolução BCB 315/23.

Chamada pública e critérios

Nesta etapa, o BC busca atrair novas entidades para participarem do Piloto Drex, mesmo além dos projetos já selecionados.

As instituições financeiras que tenham capacidade técnica e operacional de testar os modelos de negócios propostos poderão submeter suas candidaturas.

Segundo o regulamento, os casos de negócio devem envolver transações como emissão, resgate ou transferência de ativos, além de simulações de fluxos financeiros decorrentes de eventos de negociação.

O Banco Central destacou que não há um número pré-definido de propostas a serem selecionadas.

A quantidade dependerá do volume de inscrições e da capacidade técnica do órgão para avaliar e testar cada caso. A ideia é explorar ao máximo o potencial da plataforma Drex, sem limitações iniciais sobre a quantidade de casos de negócio que poderão ser experimentados.

Expansão do piloto Drex

A segunda fase do piloto Drex dá continuidade ao esforço do Banco Central para consolidar o Drex como um marco na transformação digital do sistema financeiro brasileiro.

De acordo com Fábio Araújo, coordenador do Drex no BC, o objetivo é fazer com que o Drex se torne o Sistema Financeiro do Brasil 2.0, substituindo o Sistema de Transferência de Reservas (STR) e integrando-se a outras soluções digitais, como Open Finance e Pix.

“No Drex, estamos criando a infraestrutura para o que chamamos de STR 2.0”, explicou Araújo, durante o Fórum de Ativos Digitais.

“Ainda não temos um prazo oficial para a implementação completa, mas os testes com a população serão essenciais para definir como o sistema pode ser escalado e integrado a outros serviços.”

Testes com a população e futuro lançamento

A fase de testes com a população será um marco importante para o futuro do Drex.

Segundo Araújo, será necessário observar como os usuários respondem a novos modelos de negócio e funcionalidades digitais, como os smart contracts, para garantir que a plataforma atenda às necessidades de interoperabilidade, escalabilidade e segurança cibernética.

“A privacidade é um dos maiores desafios que precisamos resolver antes de avançar para a segunda fase de testes com a população e, eventualmente, para a produção final do Drex”, ressaltou Araújo. “Só depois disso é que a moeda digital será liberada para uso em larga escala.”

O lançamento oficial do Drex ainda não tem uma data definida, mas o Banco Central está trabalhando para garantir que o sistema seja totalmente funcional e seguro antes de sua liberação ao público.

As informações são de Cointelegraph.

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