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Trabalhadores dos Correios votam greve em SP, RJ, MA e TO na véspera da Black Friday

Caso aprovada, paralisação ocorrerá apenas um dia antes do evento

Central de distribuição dos Correios - Divulgação: TV Brasil
Central de distribuição dos Correios - Divulgação: TV Brasil

Nesta semana, sindicatos dos Correios de São Paulo, Bauru, Rio de Janeiro e Maranhão, representados pela Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios), estão avaliando uma proposta de greve por tempo indeterminado. As votações estão programadas para quarta-feira (22) e quinta-feira (23).

Caso aprovada, a paralisação teria início na véspera da Black Friday. O sindicato dos Correios em Tocantins já aprovou a paralisação, conforme informado pela Findect. A federação havia indicado anteriormente que outros sindicatos já haviam decidido pela greve, mas isso ainda não se concretizou.

A motivação por trás dessa ação é a suposta recusa dos Correios em resolver questões referentes à assinatura de um acordo coletivo. A decisão dos sindicatos ocorre em um momento em que os Correios divulgaram descontos de até 30% para envio de encomendas durante a Black Friday, uma das datas mais movimentadas no varejo.

Segundo a Findect, a paralisação afetaria aproximadamente "40% do efetivo nacional da empresa e 60% do fluxo postal do país", considerando a adesão dos sindicatos participantes. Atualmente, existem 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios em todo o Brasil.

Os Correios afirmaram estar operando normalmente em todo o país, declarando que "100% dos empregados estão presentes".

Em resposta às possíveis paralisações, a empresa anunciou a implementação de medidas para manter a normalidade dos serviços, incluindo a contratação de mão de obra terceirizada, realização de horas extras, deslocamento de funcionários entre unidades e apoio de pessoal administrativo, conforme comunicado oficial da estatal.

A Findect reforça sua posição em comunicado à imprensa, criticando a não incorporação de R$ 250 ao salário-base como uma afronta direta aos trabalhadores. Além disso, a entidade cita a falta de realização de concurso público pelos Correios como outra questão pendente.

Os Correios afirmam ter concedido um aumento linear de R$ 250 para a maioria do efetivo, representando um reajuste médio de 6,36% para mais de 71 mil funcionários a partir de janeiro de 2024. A empresa ressalta ainda a assinatura de um acordo coletivo de trabalho em 2023, recuperando mais de 40 cláusulas que haviam sido extintas em gestões anteriores.

Contudo, a entidade sindical alerta para a iminente tributação sobre uma bonificação combinada em janeiro entre empresa e sindicatos, de R$ 1.500, representando um possível risco de redução desses valores para os trabalhadores, agravando os prejuízos.

A decisão final sobre a greve por tempo indeterminado será tomada após as votações agendadas pelos sindicatos nos dias 22 e 23 de novembro.

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