Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York, anunciou nesta quinta-feira (23) que sua fundação, Bloomberg Philanthropies, assumirá o financiamento para cobrir a lacuna deixada pelos Estados Unidos no orçamento climático da Organização das Nações Unidas (ONU).
A decisão surge após o presidente Donald Trump prometer a retirada total do país do Acordo de Paris. Por consequência, isso cessa o apoio financeiro internacional à luta contra as mudanças climáticas.
Saída do Acordo de Paris
Após assumir o cargo na segunda-feira (20), Trump declarou o fim do financiamento climático dos EUA e a saída definitiva do país do Acordo de Paris.
Assim, ele se comprometeu a focar exclusivamente nas questões internas do país.
LEIA MAIS: Trump retira EUA do Acordo de Paris e declara Emergência Energética Nacional
Por isso, Bloomberg, assegurou que os Estados Unidos não deixarão suas responsabilidades climáticas globais ao abandono. A organizaçãotambém atua como enviado especial da ONU para as mudanças climáticas
Notícias Relacionadas
Comprometimento da Bloomberg
A Bloomberg Philanthropies informou que, junto a outros financiadores climáticos norte-americanos, assumirá a cobertura do valor anual que os EUA devem à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
No entanto, os detalhes financeiros ainda não foram divulgados, nem a composição completa dos financiadores envolvidos.
A UNFCCC desempenha um papel importante nas negociações climáticas globais. A organização reúne quase 200 países para discutir e implementar medidas para diminuir os efeitos das mudanças climáticas.
“De 2017 a 2020, durante um período de inação federal, cidades, Estados, empresas e o público enfrentaram o desafio de manter os compromissos de nossa nação – e agora, estamos prontos para fazê-lo novamente”, destacou Michael Bloomberg.
Como o UNFCCC será afetado com a saída dos EUA?
Atualmente, os EUA são responsáveis por cerca de 21% do orçamento principal da UNFCCC.
No ano passado, o país pagou uma contribuição obrigatória de 7,2 milhões de euros. Além disso, arcou com um atraso de 3,4 milhões de euros referente a contribuições não realizadas entre 2010 e 2023.
