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Bolsonaro sanciona Orçamento de 2022 e mantém gastos com fundo eleitoral e emendas de relator

O total estimado para o Auxílio Brasil chega a R$ 89,1 bilhões e a previsão de reajuste para servidores foi mantida, apesar de o governo ainda não decidir se vai conceder os aumentos; valor total da despesa é de R$ 4,73 trilhões

O presidente Jair Bolsonaro em Sessão Solene destinada à inauguração da 3ª Sessão Legislativa Ordinária da 56ª Legislatura - Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O presidente Jair Bolsonaro em Sessão Solene destinada à inauguração da 3ª Sessão Legislativa Ordinária da 56ª Legislatura - Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, o Orçamento de 2022 aprovado em dezembro pelo Congresso Nacional. O valor total da despesa – previsto na Lei 14.303, publicada no Diário Oficial da União de hoje (24) – é de R$ 4,73 trilhões.

Deste total, R$ 1,88 trilhão tem como destino o refinanciamento da dívida pública federal.

O resultado primário previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022 é de um déficit de R$ 79,3 bilhões, valor que encontra-se, segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, “inferior à meta prevista na LDO-2022, correspondente aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, no valor de R$ 170,5 bilhões”.

Foram mantidos os valores de R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral, o chamado fundão.

O presidente também deixou intacta a previsão de R$ 1,70 bilhão para reajuste a servidores – o que fora inicialmente cogitado para as forças de segurança pública federais, mas não houve detalhamento sobre categorias beneficiadas na publicação no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (24).

Apesar de mantido o valor para reajuste, o governo ainda não decidiu se realmente vai conceder os aumentos.

"Foi necessário vetar programações orçamentárias com intuito de ajustar despesas obrigatórias relacionadas às despesas de pessoal e encargos sociais", limitou-se a dizer a Secretaria-Geral da Presidência no último domingo.

No sábado (22), Bolsonaro havia anunciado a necessidade de corte de R$ 2,8 bilhões no Orçamento.

Há previsões de gastos para ações de saúde (R$ 139,9 bilhões), educação (R$ 62,8 bilhões) e ao programa social Auxílio Brasil (R$ 89,1 bilhões), mas não informa quanto das despesas precisou ser cancelado.

Permanecem na previsão do Orçamento a destinação de R$ 16,5 bilhões para as emendas de relator, direcionadas pelo Congresso Nacional.

O corte de R$ 3,18 bilhões que o presidente fez em relação ao texto aprovado pelo Congresso se divide em R$ 1,36 bilhão, das emendas de comissão (outro tipo de emendas parlamentares, pagas a comissões do Congresso Nacional) e R$ 1,82 bilhão, de despesas dos ministérios em geral.

Com informações de Agência Brasil, g1 e Folha de S.Paulo.

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