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Bolsonaro vs. TSE, Selic a 13,75% a.a., PNAD Contínua, BCE e dados dos EUA: as notícias de hoje (27)

Fique por dentro das principais notícias que movimentam os negócios no Brasil e no exterior nesta quinta-feira

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Fique por dentro das principais notícias que movimentam os negócios no Brasil e no exterior nesta quinta-feira (27):

Brasil

Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros Selic em 13,75% e trouxe um tom duro no comunicado, em linha com as expectativas e “poucas mudanças” em relação à mensagem anterior, com a manutenção do alerta da vigilância contra a inflação.

O Banco Central reiterou que o juro vai continuar elevado “até que a convergência da inflação à meta seja assegurada”, ou seja, por um tempo prolongado.

Mais do que isso, reafirmou que pode voltar a subir a Selic se a inflação surpreender negativamente.

Dessa forma, deu seu recado ao mercado, e deixou claro que antecipar o timing dos cortes não seria uma boa ideia.

Em meio à eleição presidencial, o mercado não pretende mesmo forçar essa barra, porque muitas incertezas pairam no ar e o momento sugere “esperar para ver”. Ninguém sabe como vai ser a política fiscal do futuro governo, algo essencial.

Além disso, outros fatores de risco para a inflação foram citados pelo Copom, como o ambiente de juros elevados no mundo, que se contrapõe à eventual queda dos preços das commodities e projeta um cenário mais adverso aos emergentes. (Bom Dia Mercado)

Eleições 2022

Artilharia contra o TSE – No cenário eleitoral, a tensão escala, com a decisão do TSE de rejeitar pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar denúncias nas inserções em emissoras de rádios do Nordeste.

A Corte disse que as acusações têm o objetivo de “tumultuar o 2º turno”. O presidente da instituição, Alexandre de Moraes, citou “possível crime eleitoral” e encaminhou o caso para o inquérito das milícias digitais, que tramita no STF.

Em checagem do jornal O Globo, as oito emissoras relacionadas pela campanha de Bolsonaro negaram irregularidades, e afirmaram que as inserções eleitorais foram veiculadas, como provam os áudios que elas mantêm arquivados.

O barulho aumentou após a exoneração do servidor do TSE, Alexandre de Freitas, que foi à Polícia Federal (PF) para dizer que teme por sua vida e que sua demissão aconteceu devido às denúncias que ele teria feito sobre falhas na fiscalização das propagandas.

Freitas, que foi exonerado por “assédio moral”, não apresentou provas dessas falhas.

Nas redes sociais, houve um levante dos apoiadores de Bolsonaro para defender o adiamento da eleição. Já eleitores de Lula (PT) afirmam que se trata de um “factoide” criado pela campanha do presidente, diante das pesquisas que indicam sua derrota. 

A campanha de Jair Bolsonaro esteve fragilizada durante os últimos dias pelo vazamento de planos econômicos atribuídos a equipe do Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, e a acusação de tentativa de homicídio contra agentes da Polícia Federal, quando o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) resistiu e atirou em meio à ordem de sua prisão.

Em entrevista coletiva, ontem à noite, Bolsonaro disse que vai recorrer da decisão do TSE, que “comprova a diferenciação no tratamento aos candidatos”, que “as provas apresentadas foram contundentes” e que ele “foi muito prejudicado”. O presidente disse, ainda, que vai “até as últimas consequências, dentro das quatro linhas”.

Meia hora antes da entrevista, Bolsonaro convocou reunião de emergência do ministério, no Palácio da Alvorada, e estendeu o convite aos comandantes das Forças Armadas. Estava muito nervoso, após decisão de Alexandre de Moraes.

De acordo com a jornalista Natuza Nery, da GloboNews, Bolsonaro pretendia radicalizar sua fala e foi convencido a manter a calma, “ou perderia a eleição”. Já Eliane Cantanhêde disse que o presidente tentou, sem sucesso, o apoio dos militares para pressionar o TSE.

Outros analistas políticos acreditam que o presidente conseguiu, com o caso das rádios, resgatar a pauta do debate eleitoral, que havia sido sequestrada pelas crises de Roberto Jefferson e do salário mínimo e do IR, prejudiciais a ele.

Na Coluna do Estadão, com o intuito de trazer a campanha para os temas da economia, a orientação do PT foi para que as denúncias sobre os rádios sejam minimizadas e tratadas como um problema de Bolsonaro com o TSE.

O mercado acompanha esses movimentos finais da campanha eleitoral e reforça as posições defensivas, diante dos receios de um “terceiro turno”. Ou seja, a contestação dos resultados das urnas baseada em denúncias de fraudes no processo.

Teme-se pela mobilização dos eleitores de Bolsonaro, em caso de vitória de Lula, e por reações de violência social.

Roberto Jefferson – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (27) decretar a prisão preventiva (por tempo indeterminado) do ex-deputado federal Roberto Jefferson.

PF encontrou sete mil cartuchos de balas para fuzil e pistola na casa do político, informou a jornalista Daniela Lima, da CNN.

Pesquisas – Nesta quinta-feira (27) à noite, o instituto Datafolha divulga mais uma pesquisa sobre o segundo turno das eleições presidenciais. (Bom Dia Mercado)

Desemprego

A taxa de desocupação, que mede o desemprego no país, segue em queda e chegou a 8,7% no trimestre encerrado em setembro. Esta foi a menor taxa desde o trimestre fechado em junho de 2015 (8,4%) e representa uma queda de 0,6 ponto percentual (p.p.) na comparação com o trimestre anterior, terminado em junho (9,3%), e 3,9 p.p. frente ao mesmo período de 2021 (12,6%).

O contingente de pessoas ocupadas (99,3 milhões) cresceu 1,0% (mais 1,0 milhão) no trimestre e 6,8% (mais 6,3 milhões) no ano, e bateu novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada hoje (27) pelo IBGE.

“A taxa de desocupação segue a trajetória de queda que vem sendo observada nos últimos trimestres. A retração dessa taxa é influenciada pela manutenção do crescimento da população ocupada”, destaca Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.

Já população desocupada (9,5 milhões de pessoas) chegou ao menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015, caindo 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4,0 milhões) no ano.

Orçamento Secreto

Em entrevista ao Estadão, o líder do União Brasil na Câmara, deputado federal reeleito Elmar Nascimento (BA), disse que “se o Supremo Tribunal Federal tirar o orçamento secreto da gente, a gente tira o deles”.

O julgamento sobre a inconstitucionalidade do orçamento secreto está previsto para as próximas semanas. (Bom Dia Mercado)

Banco Central

O estoque total de crédito no Brasil subiu 2,2% em setembro sobre agosto, a R$ 5,177 trilhões, correspondente a 55,0% do Produto Interno Bruto (PIB).

À tarde, 14:30, a mediana das apostas apontava para as contas do Governo Central em superávit primário de R$ 11,70 bilhões em setembro, após déficit de R$ 49,972 bilhões em agosto.

Foram obtidos R$ 11 bilhões em setembro. Em setembro de 2021, o superávit primário atingiu R$ 590,1 milhões. 

O Tesouro Nacional e o Banco Central foram superavitários em R$ 28,9 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou déficit primário de R$ 18,0 bilhões.

O BC informou ontem que o fluxo cambial total na semana passada ficou negativo em US$ 780 milhões, resultado de entradas de US$ 180 milhões pela conta financeira e saídas de US$ 961 milhões pela conta comercial.

No acumulado de outubro, o fluxo total foi negativo em US$ 2,798 bilhões, com saída de US$ 536 mi na conta financeira e saída de US$ 2,262 bilhões pela conta comercial.

No acumulado do ano, segue positivo em US$ 14,538 bilhões.

Estatísticas Monetárias e de Crédito

A taxa média de juros das concessões de crédito livre e direcionado teve leve queda no mês passado, mas mantém a tendência de alta em 12 meses, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas hoje (27) pelo Banco Central (BC). A taxa alcançou 28,6% ao ano em setembro, redução de 0,2 ponto percentual no mês e alta de 7 pontos percentuais em 12 meses.

A alta dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, está em seu maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano. Ontem (26), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic nesse mesmo patamar.

Essa foi a segunda vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto.

Anteriormente, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação.

A entidade avalia que a alta na Selic tem sido repassada para as taxas finais de diferentes modalidades de crédito e não descarta a possibilidade de novos aumentos caso a inflação não caia como o esperado.

A elevação da taxa básica ajuda a controlar a inflação porque causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, contendo a demanda aquecida.

No crédito livre para as famílias, a taxa média de juros chegou a 53,7% ao ano, com recuo de 0,3 ponto percentual em relação a agosto e aumento de 12,5 pontos percentuais em 12 meses.

Nas contratações com empresas, a taxa livre subiu 0,2 ponto percentual no mês e cresceu 5,9 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 22,9% ao ano.

Para pessoas físicas, o destaque do mês foi o cheque especial, com alta de 6,2 pontos percentuais em setembro e 5 pontos percentuais em 12 meses, indo para 134,6% ao ano.

Já o crédito consignado teve elevação de 0,3 ponto percentual no mês e 6,4 pontos percentuais em 12 meses (25,4%). Por outro lado, os juros do crédito pessoal não consignado caíram 3,7 pontos percentuais no mês de setembro e aumentaram 4,3 pontos percentuais em 12 meses (81,7% ao ano).

Cartão de crédito – Já as taxas do cartão de crédito tiveram alta de 0,8 ponto percentual no mês e 25,2 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 88,5% ao ano.

No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, houve queda de 10,9 pontos percentuais em setembro e aumento de 50 pontos percentuais em 12 meses, indo para 388,7% ao ano. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida.

Nesse caso do cartão parcelado, os juros caíram 1,9 ponto percentual no mês e subiram 16,2 pontos percentuais em 12 meses, para 184,9% ao ano.

No crédito livre às empresas, houve aumento de 0,7 ponto percentual no mês e alta de 5,5 pontos percentuais em 12 meses em capital de giro, chegando a 23,1% ao ano.

Já no cheque especial, os juros subiram 2,4 pontos percentuais em setembro e caíram 9,2 pontos percentuais em 12 meses, indo para 325,7% ao ano. As operações de desconto de cheque tiveram aumento de 0,7 ponto percentual nos juros em setembro e alta de 9,7 pontos percentuais em 12 meses (38,5%)

Já as taxas para o financiamento a importações caíram 4,8 pontos percentuais em setembro e 5,6 pontos percentuais em 12 meses, para 6,9% ao ano. Por fim, o cartão de crédito teve alta de 1,1 ponto percentual nos juros do mês e aumento de 11 pontos percentuais em 12 meses, para 32,1% ao ano.

Crédito direcionado – Essas taxas são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.

Já o crédito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas ficou em 10,7% ao ano em setembro, variação positiva de 0,1 ponto percentual mês e alta de 3,3 pontos percentuais em 12 meses.

Para as empresas, a taxa subiu 0,3 ponto percentual no mês e variou 0,1 ponto percentual para baixo em 12 meses, indo para 9,4% ao ano.

Alta das contratações – Mesmo com a manutenção dos juros em alta, em setembro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,176 trilhões, com aumento de 2,2% em relação a agosto, que refletiu, basicamente, os incrementos de 2,6% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,109 trilhões) e de 1,9% no de pessoas físicas (R$ 3,067 trilhões).

O crescimento em 12 meses da carteira chegou a 16,8% no mês passado. O saldo do crédito correspondeu a 55% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços que o país produz.

O crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 14,479 trilhões, crescendo 1,5% no mês e 10,7% em 12 meses.

Endividamento das famílias – De acordo com o BC, a inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) tem se mantido estável há bastante tempo, com pequenas oscilações, e registrou 2,8% em setembro. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, está em 5,7% e para pessoas jurídicas em 1,9%.

O endividamento das famílias, relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses, ficou em 52,9 em agosto, em níveis recordes que refletem o aumento das concessões de empréstimos.

Houve queda de 0,4% no mês e alta de 3,5% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, ficou em 33,5% no mês de agosto.

Já o comprometimento da renda, relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período, ficou em 29,4% em agosto, crescimento de 0,8% no mês e 3,9% em 12 meses, recorde da série iniciada em janeiro de 2005.

Para esses últimos dados, há uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central depende de dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Indicadores Econômicos

Confiança da indústria – A confiança da indústria no Brasil despencou em outubro e atingiu o nível mais fraco desde março, com piora tanto da avaliação da situação atual quanto das expectativas, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou queda de 3,8 pontos na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados da FGV, a 95,7 pontos, no segundo recuo seguido e pior resultado desde março de 2022.

Dívida Pública Federal

O alto volume de vencimentos de títulos vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia) fez a Dívida Pública Federal (DPF) cair em setembro.

Segundo números divulgados na quarta-feira (26) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,781 trilhões em agosto para R$ 5,752 trilhões no mês passado, recuo de 0,51%. (Agência Brasil)

Mega-Sena

O concurso 2.533 da Mega-Sena, realizado nesta quarta-feira (26) no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo, não registrou acertadores das seis dezenas. Os números sorteados foram: 17 – 18 – 20 – 37 – 45 – 53.

O próximo concurso (2.534), no sábado (29), deve pagar prêmio de R$ 130 milhões.

A quina computou 134 ganhadores e cada um vai receber R$ 59.636,65. Os 11.048 acertadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 1.033,32.

As apostas podem ser feitas até as 19:00 (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

O sorteio vai ser realizado às 20:00, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo. (Agência Brasil)

EUA

O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2022 dos Estados Unidos registrou alta de 2,6%, acima da previsão de 2,4% do mercado, e acima dos -0,6% prévios.

A inflação nos Estados Unidos, medida pelo PCE, subiu 4,2% no terceiro trimestre. O resultado ficou acima dos 7,3% anteriores. 

Quando observado apenas o núcleo do índice de preços PCE, o resultado de terceiro trimestre veio em 4,50%, igual à projeção de 4,50% e menor do que os 4,70% prévios.

Os pedidos iniciais por seguro-desemprego da semana passada nos EUA, vieram abaixo da previsão de 220 mil benefícios dos economistas do mercado, segundo dados do Departamento de Trabalho.

Foram solicitados 217 mil benefícios, contra 214 mil revisados da semana passada.

O número de solicitações contínuas ficou acima da previsão de 1,388 milhão, com 1,438 milhão de benefícios solicitados. O resultado também veio maior do que o número revisado da semana anterior de 1,383 milhão. (Investing.com Brasil)

Europa

Às 9:15, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou sua nova taxa de juros, elevada em 0,75 p.p., em linha com esperado, para 2% ao ano.

Christine Lagarde, presidente da instituição, comentou a decisão da autoridade monetária às 9:45.

O BCE sinalizou que deve continuar com a subida da taxa de juros daqui para frente. Porém, tanto o comunicado quanto a entrevista coletiva foram bastante "dovish", e indicaram uma política monetária complacente com a inflação.

Para Nicole Kretzmann, economista-chefe Upon Global Capital, a primeira surpresa foi a mudança da frase de que o comitê vai continuar com a elevação da taxa em “várias” próximas reuniões, com a retirada do termo “várias”.

O texto repetiu que o BCE segue com o acréscimo percentual aos juros, mas que as decisões serão tomadas a cada reunião, o que diminui o comprometimento com um aperto monetário mais pré-definido. 

Para isso, o BCE leva em consideração os efeitos defasados das altas feitas até agora, explica Kretzmann.

A economista-chefe pontua ainda que o comunicado também enfatizou o fato de que os membros do Comitê acreditam que já foi feito um progresso relevante até agora. O texto também afirmou que foca na maior probabilidade de recessão do que no cenário de inflação.

Essas preocupações com crescimento são um claro aceno a uma necessidade de menor retirada de estímulos econômicos, e indicam uma forte intenção que, tudo mais constante, a próxima alta de juros do BCE será desacelerada para 0,50%, alerta a especialista.

A segunda surpresa "dovish" foi o Comitê também ter deixado em aberto o processo de Quantitative Tightening, diz Kretzmann.

Segundo a especialista, uma certa expectativa do mercado de que o comitê indicasse que o QT já poderia ser iniciado num futuro próximo.

“Com isso, podemos esperar que, daqui para frente, o euro devolva parte da valorização recente em relação ao dólar. A moeda europeia deverá voltar a rodar próximo da americana, porém abaixo da paridade”, concluiu. 

Alemanha – A confiança do consumidor alemão deve se recuperar ligeiramente em novembro, um pequeno alívio após quatro meses consecutivos de mínimas recordes, embora seja muito cedo para falar sobre uma reversão de tendência neste momento, de acordo com uma pesquisa do instituto GfK nesta quinta-feira.

O instituto disse que seu índice de confiança do consumidor subiu para -41,9 para novembro, de uma leitura revisada para baixo de -42,8 em outubro, e em linha com as previsões de analistas consultados pela Reuters. (Reuters)

Ásia

China – As empresas industriais relataram um declínio mais amplo no lucro nos primeiros nove meses do ano, de 2,3% no período de janeiro a setembro (base anualizada), contra queda de 2,1% nos primeiros nove meses do ano passado.

As informações são de ADVFN, Agência Brasil, Bom Dia Mercado, Eu Quero Investir, Exame, Folha de S.Paulo, Forbes, InfoMoney, Investing.com Brasil, O Estado de S.Paulo, O Globo, Reuters e Valor.

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