Por volta das 10:56 desta quarta-feira (9), as ações de Bradesco (BBDC4) despencavam 6,98%, a R$ 21,17, em reação aos números do quarto trimestre de 2021 da companhia.
Genial
Analistas da Genial Investimentos reiteraram recomendação de compra das ações do Bradesco (BBDC4), com preço-alvo de R$ 29,60 – um potencial de valorização de 30,28% sobre o preço no encerramento do pregão anterior (R$ 22,72).
Para os analistas, os resultados do banco no quarto trimestre foram piores que o esperado, por maiores provisões para crédito duvidoso.
O lucro recorrente de R$ 6,6 bilhões no período veio 4% abaixo das estimativas da Genial Investimentos e 5% menor que o consenso de mercado.
Para reconciliar com os R$ 6.6 bilhões de lucro recorrente, o Bradesco inclui, entre outros, um ajuste de R$ 1.88 bilhão relacionados a reclassificação de TVM (receita com mercado) da carteira de “Disponíveis para Venda” para “Negociação” e giro no mercado de instrumentos financeiros, que o banco considerou como não-recorrentes. Ou seja, não feito essa reclassificação gerencial, o resultado poderia ter vindo bem pior.
Para 2022, o Bradesco deve se beneficiar dos seguintes fatores, segundo a Genial Investimentos:
(i) alto índice de cobertura, que deve gerar uma menor necessidade de provisionamento em 2022;
(ii) nível confortável de capital nível I de 13.7%, e
(iii) melhora nos resultados da seguradora, que devem voltar para patamares mais normalizados de desempenho, favorecida pela alta de juros, e voltar a contribuir com aproximadamente um terço do lucro do grupo.
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Contudo, a Genial Investimentos espera ver uma pressão ainda mais forte na margem com mercado a/a, que retraiu 23,1% em 2021.
A pior perspectiva para a margem com mercado e piora mais rápida da inadimplência, reduzem o otimismo para o Bradesco para 2022.
Por ora, considerados os fatores positivos elencados para 2022 e o valuation de 1,49x P/VP21 e 7,8x P/L22, a Genial mantém a recomendação de compra.
XP
Para a XP, o Bradesco (BBDC4) reportou resultados fracos no quarto trimestre de 2021.
Apesar da margem financeira bruta mais forte do que o esperado no trimestre, as maiores despesas e provisões compensaram seus ganhos, e resultaram em lucro líquido de R$ 6,6 bilhões, 4% abaixo das estimativas da XP e 2,7% inferior ao consenso Visible Alpha.
O lucro foi impactado por um ajuste não recorrente de marcação a mercado de TVM, que foram reclassificados de “disponíveis para venda” para “negociação”.
Embora as provisões tenham aumentado para R$ 5,1 bilhões no período entre outubro e dezembro, em grande parte devido ao crescimento da carteira de crédito, o índice de cobertura continuou em queda e atingiu 261%.
Esse movimento leva a XP a acreditar que há mais espaço para provisões nos próximos trimestres. Portanto, analistas reiteraram recomendação neutra para o Bradesco (BBDC4), com preço-alvo de R$ 26,00 por ação.
