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Bradesco e Ambev avançam na véspera da divulgação de balanços do 2º trimestre

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Por Gabriel Codas, da Investing.com – A temporada de balanços do segundo trimestre tem continuidade na parte da manhã de quinta-feira, com os números de duas importantes companhias que fazem parte do Ibovespa: Bradesco (SA:BBDC4) e Ambev (SA:ABEV3).

A expectativa do mercado, para a fabricante de bebidas, é de resultados piores dos registrados um ano atrás, com a pandemia da Covid-19 tendo atingindo em cheio o desempenho da companhia, uma vez que as medidas de isolamento social fizeram com que os bares ficassem fechados.

No caso do Bradesco, os dados devem ser melhores devido à seguradora, que é líder em participação de mercado no Brasil e deve se beneficiar do fato de os usuários estarem evitando hospitais e dirigindo menos devido ao isolamento.

Assim, ao fina do pregão desta quarta (29), os ativos do Bradesco somaram 3,15%, a R$ 24,26; enquanto os da Ambev subiram 0,40% a R$ 15,40.

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– Bradesco

O consenso de mercado aponta para um lucro líquido do banco de R$ 0,50 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado foi de R$ 0,80 para cada ativo, quando eram esperados ganhos de R$ 0,78. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve lucro de R$ 0,42 por papel, acima dos R$ 0,41 esperados.

Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 26 bilhões, uma alta em relação aos R$ 25,88 bilhões do mesmo período de 2019, ante os R$ 26,43 bilhões esperados. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 25,54 bilhões.

O BTG Pactual (SA:BPAC11), que tem recomendação de compra para o papel, acredita em lucro líquido de R$ 3,094 bilhões, abaixo do consenso do mercado.

A XP Investimentos espera que o Bradesco divulgue um melhor resultado no trimestre devido à seguradora, que é líder em participação de mercado no Brasil e deve se beneficiar do fato de os usuários estarem evitando hospitais e dirigindo menos devido ao isolamento. No entanto, o resultado ainda deve apresentar uma grande contração de 39% em relação ao ano anterior e um ROE de dois dígitos baixo.

Veja os fatores que influenciam os mercados nesta quarta-feira (29)

– Ambev

O consenso de mercado aponta para um lucro líquido da fabricante de bebidas de R$ 0,05 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado de R$ 0,17 para cada ativo, quando eram esperados R$ 0,15. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve lucro de R$ 0,07 por papel, abaixo dos R$ 0,14 esperados.

Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 10,45 bilhões, uma queda em relação aos R$ 12,15 bilhões do mesmo período de 2019. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 12,6 bilhões.

O BTG Pactual, que tem recomendação neutra para o papel, acredita em lucro líquido de R$ 1,112 bilhão, com receitas de R$ 10,588 bilhões, acima do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 3,369 bilhões e margem de 32%.

A XP Investimentos esperamos resultados deteriorados para a Ambev no 2T20, devido ao maior impacto das paralisações/quarentena, que mantiveram bares e restaurantes fechados ao longo de todo o trimestre.

Para os analistas, de fato, a Ambev já havia mencionado que seu volume consolidado caiu 27% em abril, e apesar de esperarmos recuperação em março e junho, estimando queda de 14% do volume de cerveja no Brasil no trimestre. Além disso, custos mais altos, ambiente competitivo e mix desfavorável para preço devido à maior representatividade das vendas em supermercados, devem manter as margens pressionadas. Eles estimam margem EBITDA consolidada de 32,4%, queda de 620 pontos-base ano contra ano.

Na mesma linha, o Banco do Brasil Investimentos estima que a Ambev deve apresentar uma significativa redução em volumes, reflexo do menor consumo na pandemia que, somado à maiores custos e despesas, deve levar a margem EBITDA a 34,1% (BB-BIe), bem abaixo de sua média histórica de 42,5% dos últimos cinco anos.

No Brasil, o segmento de cerveja deve enfrentar o impacto negativo de bares e restaurantes fechados no período. Assim, a equipe estima queda significativa em volumes de 29% a/a que, em conjunto com maiores custos e despesas relacionados às iniciativas de combate ao Covid-19, deve ter um efeito adverso na margem EBITDA, que projeta em 30,3% vs 37,5% no 2T19.

O segmento de não alcoólicos, por sua vez, deve ser menos impactado devido sua maior representatividade no off trade (supermercados e demais redes varejistas). Portanto, estimam uma redução em volumes de 6% a/a e um declínio em margem EBITDA de 4,0 p.p. a/a diante de maiores custos e despesas.

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