Nesta quarta-feira (8), por volta de 12:35, as ações da BRF (BRFS3) disparavam 13,69%, a R$ 18,93, em reação ao balanço do 1º trimestre da companhia.
A margem EBITDA da empresa foi a mais alta já registrada em um primeiro trimestre. Para o BTG Pactual, a BRF foi beneficiada por um ciclo favorável de commodities, uma equipe de gestão focada no negócio principal e um concorrente enfrentando desafios para cumprir suas promessas de crescimento.
A companhia entregou um balanço sólido, sustentado por uma margem de EBITDA de 15,8%, 180 pontos-base acima da projeção do banco.
O EBITDA (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,1 bilhões, 13% acima da estimativa do BTG.
Apesar de reconhecer os resultados da companhia, o banco ainda classifica a ação como neutra. "[A BRF] continua sendo (de longe) a ação de proteínas mais forte do Brasil do ponto de vista do momentum de ganhos, e, com base na tendência dos resultados até o segundo trimestre, acreditamos que há potencial de alta em relação às nossas expectativas de EBITDA para 2024", ressalta o relatório do banco.
No curto prazo, este movimento deve favorecer o preço das ações. "No entanto, uma coisa que a história dos ciclos passados nos ensinou é que sempre que as margens estão saudáveis, como estão agora, é apenas questão de tempo antes que os suprimentos aumentem novamente e as margens se aproximem de níveis mais normalizados", explica o BTG.
Neste sentido, os múltiplos baseados no resultado final da BRF afastam de uma visão mais construtiva de 12 meses após um aumento de 154% no último ano.