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BTG: ações de Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3) combinam bom valor e risco baixo; recomendação de compra

Desde o segundo semestre de 2021, os papéis da Vivo (VIVT3) e da Tim (TIMS3) subiram 19,0% e 13,0%, respectivamente, e superam com facilidade a queda de 16% que o Ibovespa apresentou no período

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Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Apesar dos riscos políticos e econômicos no Brasil, as empresas de telecomunicações são boas opções para se manter no portfólio, considera o BTG (BPAC11).

Desde o segundo semestre de 2021, os papéis da Vivo (VIVT3) e da Tim (TIMS3) subiram 19,0% e 13,0%, respectivamente, e superam com facilidade a queda de 16% que o Ibovespa apresentou no período.

De acordo com o relatório divulgado ontem (19), pelos analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi, essas são ações de valor e risco reduzido.

Além disso, atualmente, elas são negociadas em um valor mais barato que os seus pares internacionais, já que o múltiplo EV/Ebitda da Vivo é de 4,4x e da Tim é de 3,6x para 2022. Por isso, foi mantida a recomendação de compra desses ativos.

O BTG destaca que as empresas de telecomunicações brasileiras estão praticamente desprovidas de crescimento de receita, tornando o setor menos atraente, mas o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e a geração de fluxo de caixa aumentaram consistentemente por anos.

Outro ponto a ser considerado: o leilão de 5G vai desencadear uma grande saída de caixa para as companhias até 2024, com a maior parte a ser paga em 2022.

Essa saída está relacionada à obrigação de limpar as faixas de frequência adquiridas no leilão do espectro de 3,5 GHz e à obrigação de conectar escolas públicas do país.

Combinado com o preço oferecido pelas frequências, isso deve gerar um desembolso até 2024 de R$ 3,8 bilhões para Vivo, R$ 3,4 bilhões para Claro e R$ 2,9 bilhões para TIM.

Por outro lado, a aquisição das operações móveis da Oi (SA:OIBR3) pelo consórcio formado por Vivo, Tim e Claro pode gerar enormes sinergias, especialmente para a Tim, além de abrir caminho para expansão adicional de margem e otimização de capex.

O BTG espera que a Vivo e a Tim consigam otimizar seus investimentos em rede com o negócio da Oi e reduzir sua relação capex-vendas nos próximos anos.

Enquanto para a Vivo a redução de capex pode ser marginal, para a TIM pode ter um impacto relativamente grande, com o indicativo em queda para cerca de 20,0-21,0%.

As ações da Vivo encerraram o pregão desta véspera com avanço de 2,25%, a R$ 48,87, enquanto as da TIM subiam 2,20%, a R$ 12,99.

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