Nesta quarta-feira (27), o Timberland Investment Group (TIG), grupo de gestão de investimentos em florestas detido pelo BTG Pactual (BPAC11), anunciou um projeto com a organização ambiental Conservação Internacional (CI) para reflorestamentos na América Latina.
O acordo pretende movimentar US$ 1 bilhão ao longo de cinco anos, principalmente em compras de terras desmatadas.
O TIG pretende direcionar os recursos para adquirir propriedades desmatadas na América Latina, a começar por Brasil, Uruguai e Chile, onde milhões de hectares de terras desflorestadas podem ser recuperadas.
A organização ambiental CI vai atuar como conselheira técnica do TIG na chamada estratégia Landscape Capital, para compra de terras desmatadas e reflorestamento com mata nativa, disse o banco de investimento em nota.
As pesquisas mostram que as soluções baseadas na natureza (NCS em inglês) – esforços para proteger, manejar e restaurar sistemas florestais, pastagens e zonas úmidas – pode fornecer pelo menos 30% da mitigação necessária para limitar o aquecimento a 1,5 ° C, ao mesmo tempo que entrega uma gama de serviços sociais e resultados ambientais e econômicos.
Para Gerrity Lansing, sócio do BTG Pactual e Head do TIG, as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade estão entre os desafios mais urgentes do mundo. "A restauração e a oferta de reflorestamento estão entre as melhores opções para mitigação climática, além de trazer outros benefícios para a população e o planeta. A América Latina é uma região com enorme potencial para projetos como este, por causa das condições ideais de crescimento, capacidade técnica e profundidade de mercado", afirma Lansing.
O TIG pretende adquirir propriedades na América Latina que já tenham sido desmatadas e que possivelmente seriam manejadas de forma insustentável. O racional é buscar benefícios climáticos, ambientais e sociais ao proteger e restaurar florestas nativas em metade das terras adquiridas no âmbito da estratégia, e estabelecer fazendas de árvores comerciais manejadas de forma sustentável na outra metade.
Todas as propriedades serão certificadas pelo Forest Stewardship Council, entidade reconhecida internacionalmente como padrão independente e terceirizado de sustentabilidade.
"Esta iniciativa é mais um exemplo importante de como o setor florestal pode oferecer retornos financeiros para os investidores por meio de reflorestamento, juntamente com o impacto significativo das atividades de restauração e conservação no clima, na conservação e na comunidade", disse Lansing.
Com informações de FSB Comunicação.