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BTG e XP reiteram Compra para Vale; operacional do 2T20 veio abaixo da expectativa

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Investing.com – Apesar de os número prévios do 2T20 indicarem um trimestre fraco, as perspectivas do BTG de forte crescimento para a Vale (SA:VALE3) nos próximos trimestres e a interpretação de que as ações seguem baratas fizeram com que o banco mantivesse o preço-alvo de US$ 14 para as ADRs da mineradora negociadas na bolsa de Nova York. A recomendação é de Compra e a  classificação de top pick do setor. As informações são de relatório distribuído na terça-feira (21).

Às 13h21, as ações da Vale eram negociadas a R$ 59,59, baixa de 1,99%, enquanto as ADRs da companhia em Nova York operavam a US$ 11,41, 0,26% de queda.

Análises sobre a Vale

Além do BTG, a XP também se manteve otimista com os números da Vale, apesar dos números abaixo do consenso. A recomendação também segue de Compra, com preço-alvo de R$61 por ação.

Na segunda-feira, a Vale reportou que a produção de minério de ferro no segundo trimestre foi de 67,6 milhões de toneladas. Isso representa alta de 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado e de 13,4% contra o 1T20. Ainda assim, os números ficaram abaixo da expectativa devido a impactos da Covid-19.

Apesar da alta na produção, a venda de minério de ferro caiu 11,8% em relação ao mesmo trimestre de 2019, visto que a Vale usou este momento de baixa demanda para construir estoques. Ainda assim, o número significa alta de de 5,7% em relação ao primeiro trimestre, quando a empresa sofreu com problemas climáticos, atrasos na retomada de produção em minas e outros impactos causados pelo coronavírus.

A tendência para o segundo, nas análises do BTG e da XP, parecem muito sólidas. A Vale reafirmaria o guidance de produção em entre 310 e 330 milhões de toneladas para o ano, apesar de dúvidas crescentes de alguns analistas do mercado. A previsão do BTG é de 306 Mt. Esses números implicam em forte crescimento de volume no segundo semestre.

Na perspectiva do BTG Pactual (SA:BPAC11), a rápida recuperação econômica da China e um balanço pouco alavancado prometem performance melhor no curto prazo.

Mais informações da prévia

A companhia explicou, em seu relatório de produção divulgado na segunda-feira, que a abordagem de vendas segue “uma estratégia de maximização de margem, priorizando produtos blendados em seu portfólio, o que aumenta o ‘lead time’ (tempo de espera) entre produção e vendas”.

A Vale vem lidando para retomar parte da produção suspensa pelo acidente com uma barragem em Brumadinho (MG), em 2019. Segundo ela, a extração de minério de ferro em junho ficou acima dos 25 milhões de toneladas: “forte aceleração em relação a abril e maio”. E, assim, entrando em um período sazonalmente forte, com níveis mais baixos de chuva.

Segundo a Vale, o empreendimento S11D, no Pará, atingiu um “run-rate” de 91 milhões de toneladas em junho. Isso deve melhorar no segundo semestre, “em direção a uma produção anual ligeiramente acima” de 85 milhões de toneladas.

(Com contribuição de Reuters)

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