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BTG eleva projeção para o PIB e corta estimativas para inflação e dólar

Analistas estimam que a dívida bruta ao final deste ano totalize 74,8% do Produto Interno Bruto, de 76,0% anteriormente

- Divulgação
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A recente melhora nas condições financeiras domésticas levou o BTG Pactual a revisar a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,90% para 2,20% em 2023, e de 0,70% para 1,00% em 2024.

Apesar da revisão altista, analistas reiteraram estar cautelosos com a atividade econômica, para a qual esperam desaceleração à frente mesmo em um ambiente de resiliência no mercado de trabalho.

As projeções para o IPCA de 2023 e 2024 foram revisadas de 4,90% e 4,00% para 4,80% e 3,80%, respectivamente. “A revisão em nossa previsão para 2023 resulta principalmente de uma atualização em nosso cenário de combustíveis”, declararam Mansueto Almeida e equipe.

“Quanto à nossa previsão para 2024, a revisão resulta de alguns fatores: menor inércia inflacionária resultante de revisões baixistas anteriores na
projeção para 2023, expectativas de inflação marginalmente mais baixas para 2024 e uma revisão para baixo de nossas projeções para o Real”, completaram.

O BTG Pactual revisou sua projeção de taxa de câmbio para o fim deste ano para R$ 4,80, de R$ 5,10 anteriormente. A revisão decorre da incorporação do cenário de aprovação da reforma tributária do consumo ainda este ano.

“Por ora, nosso cenário fiscal ainda não incorpora o aumento de carga tributária pretendido pelo governo para entregar a trajetória de resultado primário estabelecida. Isso poderia apreciar o câmbio ainda mais até o fim do ano. A redução adicional do risco País mais do que compensaria a diminuição adicional do diferencial de juros americano e doméstico”, afirmou o BTG Pactual.

A estimativa para a dívida bruta ao final deste ano, de 76,0% para 74,8% do PIB, com base na perspectiva mais positiva para a Selic e para o crescimento econômico neste ano.

Em junho, a agência de rating S&P Global Ratings revisou a perspectiva da nota de crédito soberano brasileiro de neutro para positivo, e a confirmação do nosso cenário, bem como a aprovação da reforma tributária, podem levar a um upgrade ao final deste ano.

Contudo, apesar da melhora na margem, o BTG Pactual mantém a percepção de que a receita gerada pelas medidas anunciadas até o momento seria insuficiente, e o governo não vai conseguir entregar as metas de primário estabelecidas para os próximos anos.

Analistas veem o tom geral e a estratégia do Copom revelados em sua comunicação de junho na sinalização para um corte de 0,25 p.p. na reunião de agosto.

Porém, o BTG Pactual estima haver espaço para um movimento inicial maior (0,50 p.p.), dada a atual postura amplamente restritiva da taxa básica, “especialmente se tivermos uma reancoragem mais rápida e profunda das expectativas, após a reunião do CMN, e se esta for acompanhada por melhora adicional das medidas de núcleo e de uma desaceleração mais evidente da economia”.

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