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BTG mantém cautela e reitera recomendação neutra para os ADRs da Petrobras

O banco estipulou preço-alvo de US$ 14 para as ações

- Divulgação/Petrobras
- Divulgação/Petrobras

O BTG Pactual manteve sua recomendação neutra para os ADRs da Petrobras (PBR), com preço-alvo de US$ 14, indicando que realiza uma abordagem mais cautelosa no atual momento.

Em relatório divulgado nesta terça-feira (27), o banco disse que, após 100 dias no cargo de CEO da estatal, Silva e Luna realizou ontem uma reunião com analistas do mercado. No encontro, o executivo enfatizou que as principais mudanças em relação ao plano atual da empresa devem vir na frente ESG (sigla em inglês para critérios ambientais, sociais e de governança), com foco na transição energética, bem como nas preocupações sociais.

Segundo os analistas do BTG, Silva e Luna disse na reunião que não foram feitas quaisquer alterações no processo de desinvestimento da companhia, e que todos os ativos colocados à venda permanecem, incluindo as refinarias. Para eles, porém, o tempo continua sendo uma preocupação. 

“À medida que nos aproximamos do ano eleitoral, tememos que o processo possa enfrentar um crescente escrutínio político e público, caso não seja concluído nos próximos 5-6 meses”, escreveram no relatório.

Outro ponto destacado no documento foi a declaração do CEO de que vê pouco espaço para “mudanças radicais” no atual plano de investimentos de cinco anos da empresa. Para o banco, isso é um fator positivo, pois indica o maior foco da estatal nos campos de E&P (exploração e produção de petróleo e gás natural) e de baixo custo de produção no pré-sal, “o que dará maior visibilidade à lucratividade da empresa à frente”.

“Como argumentamos desde nosso rebaixamento de fevereiro, acreditamos que as ações da administração falarão mais alto do que palavras, que é o que os investidores precisarão antes de recuperarem gradualmente a fé no processo de criação de valor da empresa”, escreveram.
 

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