Em relatório divulgado nesta quarta-feira (9), o BTG Pactual manteve sua recomendação de compra para as ações da Gol (GOLL4), com preço-alvo de R$ 31, após a companhia aérea anunciar na noite de ontem a compra da MAP Transportes Aéreos por R$ 28 milhões de reais e ações.
Por volta das 13h30, as ações da Gol tinham alta de 3,20%, cotadas a R$ 28,07.
Fundada em 2011, a MAP tem uma frota de sete aeronaves ATR com 70 assentos que operam em rotas da região amazônica a partir do aeroporto de Manaus e nas regiões Sul e Sudeste a partir do aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP).
Segundo o banco, o negócio amplia a rede da Gol e aumenta sua exposição à aviação regional, ao mesmo tempo que mostra sua “confiança” na recuperação do tráfego e vontade de surfar o crescimento do mercado no pós-Covid.
No documento, o BTG destaca que essa é uma pequena aquisição para a companhia aérea brasileira, uma vez que o valor patrimonial de R$ 28 milhões da MAP é 0,3% do valor de mercado da Gol, enquanto o valor da dívida assumida de R$ 100 milhões é 0,7% da dívida líquida da Gol no primeiro trimestre de 2021 (R$ 14,8 bilhões).
Entretanto, os analistas disseram que o principal benefício da Gol com o negócio é o aumento de 10% nos slots do aeroporto de Congonhas, ao adicionar 26 voos diários à sua operação.
Além disso, o relatório também lista como benefícios do negócio: a expansão da rota, adicionando novos destinos à rede da Gol; maior densidade de assentos em mercados mal atendidos; e mais eficiência.
Mas o aumento dos casos da Covid, os preços do petróleo mais voláteis e o ruído de consolidação dos pares (acordo entre a Latam e Azul) são alguns dos fatores que podem pressionar as ações da Gol no curto prazo.
“Mantemos nosso rating de compra da Gol, refletindo menor exposição ao mercado internacional do que seus pares e redução gradual do risco, ajudados pela recente incorporação da Smiles”, disseram no relatório.