Por Leandro Manzoni, da Investing.com – O BTG Pactual (SA:BPAC11) fez apenas uma mudança para a carteira de novembro em relação a de outubro, que foi divulgada nesta terça-feira. Saem do novo portfólio as ações da Duratex (SA:DTEX3), após ficar dois meses com uma valorização de 20,5% no período, contra queda de 5,5% do Ibovespa.
Entram no lugar os papéis da Energisa (SA:ENGI4), que sofreram em 2020 e está em queda de 21% no ano. No entanto, os analistas do BTG avaliam potencial de recuperação mais rápida do que o esperado, especialmente com o resultado operacional do terceiro trimestre apresentar volume de crescimento anual.
Apesar da saída de Duratex, o portfólio de novembro do BTG prossegue posicionada em empresas de construção e de infraestrutura, por meio das ações de Gerdau (SA:GGBR4), Cyrela (SA:CYRE3) e CCR (SA:CCRO3). Como também o banco se mantêm no setor de telecomunicações por meio de TIM (SA:TIMS3) e Oi, devido a mudanças que ocorrem no setor com a venda da rede móveis da Oi (SA:OIBR3) e a criação da Oi Infra (que deve melhorar a alocação de capital no setor, segundo o banco).
Em consumo e varejo, a única ação da carteira é Magazine Luiza (SA:MGLU3). O outro setor de destaque é o exportador devido à desvalorização do real, com ações da Vale (SA:VALE3) e, em menor medida, Gerdau. Completam a carteira do mês os papéis de B3 (SA:B3SA3) e Petrobras (SA:PETR4).
A carteira mensal do BTG é composta por 10 ativos, cada um com pesos diferentes (veja mais abaixo).
Desempenho
A carteira mensal de outubro do BTG teve um desempenho negativo, com queda de 1,1%, enquanto o Ibovespa retrocedeu 0,7% e o IBrX-50 com recuo de 0,5%. As ações do Magazine Luiza tiveram o melhor desempenho, com alta de 10,4%, com os papéis da Oi puxando a rentabilidade da carteira para baixo com queda de 11,4% no mês passado.
No ano, a carteira do BTG acumula queda de 19,8%, contra 18,8% do Ibovespa e 18,5% do IBrX-50. Já o CDI no período tem alta de 2,5%.
Cenário do mercado
Uma combinação de eventos deve chacoalhar os mercados no mês, que deve ser marcado por volatilidade das ações no Brasil e no exterior. Eleições nos EUA, segunda onda de Covid-19 na Europa e eleições municipais no Brasil são eventos únicos que podem movimentar o mercado acionário.
Maior preocupação com as eleições nos EUA é a demora para que o vencedor seja confirmado. Enquanto as eleições municipais no Brasil devem reduzir a velocidade dos trabalhos no Congresso adiar a aprovação das reformas. Por fim, uma segunda onda de Covid-19 pode devastar economias com situações fiscais frágeis, como o Brasil, com risco de nova demanda por gastos públicos, especialmente com pacotes de ajuda se encerrando no fim de dezembro.
Composição: Gerdau (10%); Oi (5%); Vale (15%); B3 (10%); Cyrela (10%); TIM (10%); Magazine Luiza (10%); Energisa (10%); CCR (10%); Petrobras (10%).