O BTG reiterou recomendação de compra para as ações do Iguatemi (IGTI11) e revisou o preço-alvo para R$ 27,00 para os próximos meses nesta terça-feira (18), em relatório onde analistas revisam com otimismo estimativas de resultados da operadora de shoppings.
O banco destaca que a ação sofreu muito recentemente, com queda de 12% nos últimos trinta dias, o que cria uma boa oportunidade de compra.
Esse desempenho, segundo o BTG, se deve a um pior um pior cenário macroeconômico, com fracas vendas no varejo, baixo crescimento do PIB e alta inflação.
Além disso, o aumento das taxas de juros e temores recentes de um aumento nas infecções por Covid-19, em razão da variante Ômicron, também prejudicam os papéis da companhia.
Entretanto, a valorização atual, bem abaixo dos níveis atrativos, significa uma boa atratividade, diz o BTG. Analistas dizem que o Iguatemi foi definido para entregar um 2022 sólido, pois seu portfólio premium já apresenta um desempenho muito bom.
Embora o preço das ações esteja abaixo dos níveis de março de 2020, no pico do surto de Covid-19, o Iguatemi já atravessa uma boa recuperação na maioria dos indicadores operacionais:
(i) as vendas dos shoppings foram já acima dos níveis pré-pandemia no terceiro trimestre;
O BTG espera que as vendas cresçam dois dígitos no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2019.
(ii) Iguatemi cobra aluguéis acima dos níveis de 2019 e repassa a inflação em aluguéis;
(iii) as taxas de ocupação, abaladas pela Covid-19, também mostraram uma boa recuperação em 2021 e devem se expandir em 2022.
Operacionalmente, o Iguatemi se recuperou totalmente dos efeitos da Covid-19, diz o BTG.
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O novo preço-alvo (R$ 27,00) oferece potencial de alta de 56% à ação.
O BTG, por fim, ajustou suas previsões de lucros e modelos de avaliação para incluir:
(i) resultados;
(ii) reorganização societária; e
(iii) um macro mais rígido (taxas de juros mais altas, crescimento do PIB).
O BTG vê a negociação de ações em múltiplos de avaliação muito atraentes:
(i) EV/m2 de apenas R$ 12.500 (abaixo do custo de reposição);
(ii) P/FFO de 12x para 2022E, dois
desvios padrão abaixo dos níveis históricos; e
(iii) TIR patrimonial real de 11%, com uma bom spread de 550 bps sobre as taxas de juros reais.
Por volta das 11h41, os papéis do Iguatemi (IGTI11) subiam 1,50%, a R$ 17,54 e era a quarta maior alta do Ibovespa no pregão desta terça-feira (18).
