Neste domingo (17), três entidades nacionais de trabalhadores vinculados ao setor de transporte de cargas anunciaram que decidiram decretar estado de greve por 15 dias e que vão iniciar uma paralisação nacional a partir de 1º de novembro se o governo federal não atender as reivindicações exigidas, entre elas a queda do preço do diesel.
Segundo um comunicado enviado à imprensa, a decisão ocorreu após uma reunião no Rio de Janeiro que reuniu as entidades: Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
“A situação é que nenhuma das reivindicações acordadas na ocasião da paralisação de 2018 foram atendidas”, disse no comunicado o presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, deputado Nereu Crispim (PSL-RS).
Entre os pedidos da categoria em 2018 estava a aplicação da chamada tabela de fretes mínimos. O tema está para no Supremo Tribunal Federal (STF) desde que o governo de Michel Temer entrou em acordo com os caminhoneiros na época, aceitando a criação de um piso mínimo obrigatório de fretes para os caminhoneiros autônomos, o que levou transportadores a questionar o tema na Justiça.
Agora, a principal queixa da categoria está principalmente no preço do combustível, reajustado para cima consecutivamente pela Petrobras (PETR3) (PETR4) nos últimos meses. Somente neste ano, o preço médio do diesel no país acumula alta de mais de 50%.
*Com informações da Reuters