IPTU, IPVA, boletos de conselhos de classe, matrícula, material escolar e uniforme das crianças nos esperam todo mês de janeiro e sempre pesam no bolso. E muitas pessoas consideram esse período como “janeiro vermelho”.
Separei algumas dicas práticas para você colocar na sua rotina ainda este ano, mas preciso deixar um alerta: será preciso um pouco de paciência. As sugestões abaixo, implementadas hoje, refletirão somente no orçamento do ano que vem. Isso acontece porque o momento imediato pede ações diferentes das que serão tomadas lá na frente — e, para tudo isso funcionar, vamos fazer um planejamento específico para essas despesas de início de ano. Vamos lá?
1. Aceite que essas despesas não são imprevistos financeiros
Olhamos para essas despesas somente no início de cada ano, mas elas fazem parte da nossa vida financeira e não podem ser consideradas como imprevistos. Essas contas devem, inclusive, ser consideradas no nosso custo mensal, afinal elas fazem parte dos bens e serviços que participam ativamente da nossa vida cotidiana.
Se você tem um carro, o pagamento do IPVA é previsto. Se você tem uma casa, certamente o carnê do IPTU chegará, e por aí vai. É uma verdade triste, mas é preciso encará-la de frente.
2. Conheça o valor total dessas despesas
O primeiro ponto foi esclarecido. Agora, é importante se planejar para que, no ano que vem, essas despesas não atrapalhem a sua rotina financeira e não abram portas para o endividamento desnecessário. Além disso, é esse planejamento que permitirá sobrar dinheiro no final do mês (explico essa parte com mais detalhes no tópico 3).
Vamos primeiro entender o valor total das despesas que vencem nesses primeiros meses do ano? Fiz uma simulação a seguir para ficar bem fácil de aprender.
Despesas de início de ano (em R$)
IPTU: 2000
IPVA: 1000
Matrícula escolar: 500
Material escolar + uniforme: 1500
Conselho de classe: 500
Total: 5.500,00
Se dividirmos R$5.500,00 por 12 meses, isso significa uma poupança mensal específica para essas despesas, de R$458,33. Assim, já fica mais fácil de poupar, não é?
Se o objetivo é ficar livre das despesas de início de ano, a meta é guardar R$458,33 por mês. Transformar os objetivos em metas é um passo importantíssimo na nossa organização financeira.
3. Ok, tudo calculado. E agora?
Agora que você já sabe quanto precisa separar para ficar livre dessas despesas, você pode escolher um investimento conservador para que, quando chegar a hora de pagar essas contas, você tenha dinheiro para pagá-las à vista.
Lembre-se que, ao chegar nesse ponto, você terá ganho algum juros de rentabilidade e deixará de pagar juros de parcelamento no pagamento das contas. Isso tudo significa, no final das contas, mais dinheiro no seu bolso.
4. Não é um sonho (possível)?
Mesmo que essa estratégia não funcione ainda neste ano, é importante você começar a executá-la, pois certamente um janeiro mais leve te aguardará no próximo ano. Não existe colheita sem plantio — é isso que o planejamento financeiro proporciona: plantio estratégico que traz mais leveza para o seu dia a dia, sem sofrimento ou pagamento de juros e taxas desnecessárias. Tudo de bom, não é?
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