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XP e BTG rebaixam recomendação de Petrobras após indicação de novo CEO pelo governo

- Arquivo/Agência Brasil
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Na última sexta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna no lugar de Roberto Castello Branco para a presidência da Petrobras.

O mercado reagiu à decisão. Na tarde desta segunda-feira (22), por volta das 14h58, as ações da Petrobras caíam mais de 18%, negociadas a R$ 22,29. O Ibovespa também seguia no vermelho, com baixa de 3,54%, aos 114.242 pontos.

Em relatório divulgado hoje, a XP Investimentos vê o anúncio de Bolsonaro de forma negativa, por entender que há riscos para a independência na gestão da Petrobras. Além disso, o documento também aponta uma deterioração nos resultados da Petrobras no futuro, devido às margens de refino mais baixas e também pelo risco de que a estatal deva realizar importações de combustível com prejuízo para evitar qualquer risco de desabastecimento no mercado brasileiro.

Por conta disso, a XP rebaixou sua recomendação para os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) de neutra para venda, com preço-alvo revisado de R$24.

O BTG Pactual também expressa preocupações com a nova mudança no comando da Petrobras. Em relatório, o banco diz que “a falta de clareza para onde a Petrobras está indo agora é considerável”. 

No documento, o BTG chama atenção para a preocupação com o novo CEO e com uma possível nova equipe de gestão, que poderá ter como consequência mudanças na alocação de capital da companhia – com destaque para o fluxo de dividendos à frente.

Por essas razões, o BTG também rebaixou sua recomendação para as ações da Petrobras (PETR4), passando de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 29.
 

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