linhas de energia

Cenário interno favorável aumenta expectativas para o leilão de linhas de energia

-
-

O leilão de linhas de transmissão de energia, marcado para quinta-feira (19), deve atrair o interesse não só de grupos consolidados, mas também de companhias menores ou que concentram seus negócios em outros segmentos. Isso porque uma parte dos lotes em disputa têm porte menor do que os oferecidos anteriormente.

No leilão de dezembro do ano passado, a grande vencedora foi a Neoenergia (NEOE3), tradicional em distribuição. No leilão desta semana, o último realizado pelo governo federal neste ano, serão oferecidos 12 lotes de ativos, com 2,5 mil quilômetros de extensão e receita anual permitida (RAP) de 714 milhões de reais. As linhas de transmissão e subestações localizam-se em 12 Estados e casos como o da Neoenergia podem voltar a acontecer.

São estimados investimentos em torno de 4,18 bilhões de reais e geração de 8.782 empregos diretos. O prazo para operação comercial dos projetos é de 36 a 60 meses, e as concessões têm duração de 30 anos.

Entre as empresas que já revelaram intenção de participar da concorrência desta semana, estão a chinesa State Grid, por meio da State Grid Brazil Holding e da CPFL Energia (CPFE3); a francesa Engie Brasil (EGIE3); a portuguesa EDP (ENBR3); a Taesa (TAEE11), controlada pela Cemig (CMIG4) e a colombiana ISA Cteep (TRPL4); e a estatal Furnas.

E Eu Com Isso?

Apesar dos lotes pequenos, a vitória nos leilões pode ser uma boa oportunidade para as empresas expandirem seus negócios por meio de receitas mais previsíveis e estáveis. Dessa forma, esperamos impacto positivo nas ações das empresas vencedoras.

A aposta é que a disputa deve ser marcada por forte competição pelos empreendimentos e grande participação de estrangeiros, características dos leilões de transmissão dos últimos dois anos. A estabilidade regulatória, a previsibilidade de receita e o menor risco dos projetos garantem o interesse dos investidores em transmissão.

A situação econômica do País, com taxas de juros nas mínimas históricas, e a maior capacidade de investimento das transmissoras após as indenizações por investimentos feitos e não amortizados, ajudam a criar a expectativa de um leilão bem-sucedido.

O setor de energia elétrica vem apresentando um bom desempenho neste ano. O Índice de Energia Elétrica (IEE), uma espécie de “Ibovespa” do setor, já acumula uma alta de 47,5 por cento em 2019, ante um ganho de 28,8 por cento do índice Ibovespa.

Sair da versão mobile