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CEO da Coinbase sugere que Brasil e Argentina adotem Bitcoin como moeda comum

Ideia de Brian Armstrong foi fortemente criticada na web, inclusive por pares do mundo das criptos

Brian Armstrong -
Brian Armstrong -

O CEO da corretora de criptomoedas norte-americana Coinbase entrou no debate sobre a criação de uma moeda comum entre Brasil e Argentina e sugeriu que os países adotem o Bitcoin (BTC).

“Penso se eles consideram ir para o Bitcoin, essa seria provavelmente a melhor aposta de longo prazo”, disse Brian Armstrong, via Twitter, no domingo (22).

Após sugerir a adoção do Bitcoin, o executivo sofreu fortes críticas, inclusive de pessoas ligadas ao mundo dos criptoativos.

“Atualmente, ninguém pode ter uma moeda nacional com 100% de volatilidade que cai 65% na baixa do ciclo de negócios e sobe 10x no ciclo de alta. As empresas lutam para planejar ou se proteger disso”, afirmou, em resposta, o investidor Raoul Pal, ávido defensor de ativos digitais.

A declaração de Armstrong veio logo após Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Argentina, Alberto Fernández, confirmarem a intenção de criar uma moeda comum sul-americana, que poderia se chamar “Sur”, para transações tanto comerciais quanto financeiras.

Texto assinado pelos chefes de Estado publicado ontem, à véspera do primeiro encontro bilateral entre presidentes dos dois países em mais de três anos, menciona a intenção de quebrar as barreiras, simplificar e modernizar as regras e incentivar o uso de moedas locais” nas trocas entre os países.

“Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda sul-americana comum que possa ser usada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa”, escreveram Lula e Fernández.

Segundo reportagem do Financial Times, o movimento entre Brasil e Argentina pode criar a segunda maior moeda de um bloco econômico do mundo.

O ministro da economia argentino, Sergio Massa, afirmou ao veículo inglês que serão estudados os parâmetros necessários para uma moeda comum que não retiraria de circulação nem o real nem o peso argentino.

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