A China informou nesta quinta-feira (23) que autorizou a retomada imediata das importações de carne bovina do Brasil com menos de 30 meses, segundo o comunicado divulgado pela Administração Geral de Alfândega do país (Gacc, na sigla em inglês).
Com a notícia, por volta das 10:58, as ações da JBS (JBSS3) sobem 1,40%, a R$ 18,78, enquanto os papéis da Minerva (BEEF3) saltam 3,73%, a R$ 11,71. Já os papéis da BRF (BRFS3) caem 2,77%, a R$ 5,97.
As vendas de carne bovina brasileira para a China foram paralisadas pelas autoridades brasileiras em 23 de fevereiro, quando houve a descoberta de um caso da doença da vaca louca.
A retomada do comércio ocorre um dia depois de o ministro da agricultura brasileiro, Carlos Fávaro, ter chegado a Pequim, antes da visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva no domingo.
Lula visitará a China acompanhado de uma delegação de 240 representantes empresariais, sendo 90 do setor agrícola, segundo informações de Estadão Conteúdo e Reuters.
A publicação também afirmou que o Brasil pretende renegociar os protocolos sanitários, tendo em vista que um único caso de vaca louca desencadeou uma proibição de exportação para todo o país. Os produtores de carne bovina no Brasil perdem até US$ 25 milhões por dia com o embargo.
O volume é tão significativo que aproximadamente 62% das exportações brasileiras de carne bovina tiveram como destino a China no ano passado. “Quando os produtos relevantes entrarem no país, a alfândega implementará inspeção e quarentena de acordo com as leis e regulamentos para garantir que atendam aos requisitos de segurança e saúde”, reforçou o Gaac.
O governo chinês ressaltou que a "Administração Geral das Alfândegas atribui grande importância a isso (suspensão voluntária), realizou várias rodadas de consultas técnicas com o lado brasileiro e organizou especialistas para realizar uma avaliação de risco no sistema brasileiro de prevenção e controle da doença da vaca louca”.
As informações são de Estadão Conteúdo e Reuters.