China reduz tarifas de importação; medida pode favorecer Brasil

O governo da China anunciou nesta segunda-feira (23) que retirará tarifas de importação de todos os países a partir de 1º de janeiro. São listados 850 produtos, um valor de quase US$ 400 bilhões por ano, incluindo remédios, peças de smartphones e alimentos, em especial a carne suína, em virtude da chamada febre suína, que devastou os rebanhos do país.

Isso pode ser uma notícia positiva para o Brasil que já tem na China seu principal parceiro comercial e que vem alimentando o país asiático com carne de boi e de frango, alternativa à carne de porco. Entre os meses de janeiro e setembro, o mercado chinês recebeu 253 toneladas de carne bovina brasileira.

O país pretende, com isso, estimular as importações em meio a uma economia global em desaceleração e, especialmente, à guerra comercial com os EUA. A China apresenta a expansão mais fraca de sua economia em quase 30 anos, com um crescimento de 6,1% no terceiro trimestre deste ano, com o número dentro da margem inferior de da meta, que é da faixa de 6,0% a 6,5%.

A medida é um sinal da China para um alinhamento com a ordem internacional do mercado, baseado em regras, além de não dar preferência específica aos produtos dos EUA, protagonista da guerra comercial desde março de 2018, o que impede reclamações de outros parceiros comerciais.

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