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Clube S/A, a nova rodada do futebol brasileiro

Equipes veem na lei oportunidade para profissionalizar a gestão e recompor as finanças da agremiação esportiva

Foto: Cesar Greco/ Flickr Palmeiras - Foto: Cesar Greco/ Flickr Palmeiras
Foto: Cesar Greco/ Flickr Palmeiras - Foto: Cesar Greco/ Flickr Palmeiras

Por Agência EY – O futebol brasileiro fechou o ano de 2021 com a nova lei que autoriza a transformação de clubes em empresas, as chamadas Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). A SAF, que já ficou conhecida como clube-empresa, não é novidade no exterior.

Na Europa, mais de 90% dos times que integram as principais ligas deixaram de ser meras associações esportivas para tornarem-se empresas competitivas e saudáveis do ponto de vista financeiro.  

Segundo levantamento feito pela EY, os clubes-empresas europeus tiveram um aumento significativo de suas receitas, passando de 600 milhões de euros por ano, na década de 1990, para até 5,8 bilhões de euros anuais atualmente.

Os investidores, na maior parte das vezes, são os próprios empresários dos países, americanos ou chineses. No Brasil, times tradicionais avançam na possibilidade de transformarem-se em SAFs.  

As Sociedades Anônimas do Futebol prometem uma verdadeira revolução no futebol.

Com a nova legislação, de acordo com os especialistas na área, entra em campo uma gestão profissional, que permite aos clubes executarem uma boa gestão financeira e captarem recursos externos para serem investidos em novos talentos, infraestrutura e nas finanças do clube.

Saem de cena os velhos cartolas, as gestões administrativas e financeiras precárias e amadoras, os grupos políticos, as disputas internas e outros problemas que, muitas vezes, levam um time tradicional à bancarrota. 

Analistas explicam que, ao se transformar em uma S/A, o clube não deixa de ser propriedade dos seus torcedores.

Tampouco perde suas características originais, culturais e históricas, como cores, cidades-sede, hinos e outras tradições conquistadas ao longo dos anos. Todas as propostas e medidas adotadas pelo investidor devem ser aprovadas pela diretoria e conselheiros.

Além disso, é mantida a entidade jurídica original da agremiação, a verdadeira “dona” do time.  

Atualmente, 95% dos clubes brasileiros estão endividados.

A transformação em um modelo profissional pode ser uma oportunidade para captação de recursos financeiros, estabilidade na gestão, menor interferência política e visão de longo prazo.

Pode ser um pontapé inicial interessante para uma transformação completa da indústria do futebol. 

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