Ibovespa futuro

Com exterior positivo, Ibovespa futuro inicia a sexta em alta

Por Gabriel Codas

Investing.com – O índice futuro do Ibovespa inicia a sessão desta sexta-feira com valorização de 1,59% aos 95.465 pontos às 09h17, com o dólar cedendo 1,42% a R$ 5,0475. A retomada do rali no exterior influencia o apetite a risco nos negócios locais, com os investidores se animando com mais estímulos anunciados pelo Banco Central Europeu (BCE) na véspera e pela alta dos preços do petróleo com iminente extensão do acordo de corte de produção entre países produtores reunidos na Opep e aliados da organização.

Com isso, o dia deve ser positivo, manifestado no rendimento de títulos soberanos na Europa e nas Treasuries dos EUA, além do dólar em tendência de queda.

No radar, destaque para os números da taxa de desemprego americana, com expectativa bastante negativa, abrindo espaço para novos estímulos à economia.

– Cenário Interno

IGP-DI

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou a alta a 1,07% em maio, ante elevação de 0,05% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

Pesquisa da Reuters apontava que a expectativa de economistas era de um avanço de 0,61%.

Os dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, teve ganho de 1,77% no mês, contra alta de 0,11% anteriormente.

Entre os grupos do atacado, as Matérias-Primas Brutas foram as que mais subiram em maio, registrando ganho de 4,15% após avanço de 2,65% em abril. A leitura foi resultado de altas de 12,32% e 8,59% nos itens minério de ferro e soja em grão, respectivamente.

O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

Covid-19

O Brasil registrou nesta quinta-feira mais 1.473 mortes em decorrência do novo coronavírus, um novo recorde no registro diário, informou o Ministério da Saúde, o que eleva a contagem total para 34.021 e torna o país o terceiro do mundo com o maior número de óbitos pela Covid-19.

Com o avanço, o Brasil superou a Itália, que possui 33.689 mortes, e agora fica atrás apenas dos Estados Unidos (107.066) e do Reino Unido (39.904) em números de vítimas fatais da doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.

Em relação ao número de casos, foram contabilizadas 30.925 novas infecções nesta quinta-feira, levando o total no país a 614.941, segundo os números do ministério, que pelo segundo dia seguido atrasou a divulgação dos dados prevista para as 19h para depois das 22h. Na véspera, a pasta apontou para problemas técnicos, mas nesta quinta não houve qualquer explicação.

O Brasil é a segunda nação com maior número de casos de coronavírus confirmados, abaixo somente dos EUA, que contam com cerca de 1,8 milhão de infecções, segundo contagem da Reuters.

– Cenário Externo

EUA

A taxa de desemprego nos Estados Unidos provavelmente disparou para quase 20% em maio, novo recorde pós-Segunda Guerra Mundial, com mais milhões de pessoas perdendo seus empregos e expondo as consequências da crise de Covid-19.

O relatório de emprego do Departamento do Trabalho a ser divulgado nesta sexta-feira pode dar impulso às previsões de economistas de que levará vários anos para recuperar a crise econômica.

Ainda assim, embora as demissões tenham permanecido muito altas, elas diminuíram consideravelmente na segunda metade de maio, conforme as empresas reabriam depois de terem fechado em meados de março para conter a disseminação do coronavírus.

A confiança do consumidor, a indústria e o setor de serviços também estão se estabilizando, embora a níveis baixos, em sinais de que o pior acabou.

Japão

O banco central do Japão provavelmente vai manter sua projeção de que a economia se recuperará gradualmente no segundo semestre deste ano, disseram quatro fontes familiarizadas com o pensamento da instituição, aumentando as chance de que o banco deixe de tomar medidas ousadas de flexibilização monetária na revisão de juros deste mês.

A visão refletiria a convicção crescente dentro do banco central de que a terceira maior economia do mundo atingiu o fundo do poço em abril ou maio, quando medidas de bloqueio destinadas a conter a pandemia de coronavírus forçaram as famílias a ficarem em casa e empresas a fecharem as portas.

“Não há fatores suficientes que forçariam o Banco do Japão a alterar sua visão de que a economia emergirá da crise na segunda metade deste ano à medida que a pandemia diminui”, disse uma das fontes, uma visão ecoada pelas outras três.

A próxima reunião de política monetária do Banco do Japão será nos dias 15 e 16 de junho.

China

O mercado acionário da China fechou em alta nesta sexta-feira, encerrando a melhor semana em três meses, com os investidores apostando que o governo dará mais ajuda para a economia conforme ela se recupera do surto de coronavírus e enfrenta novas tensões com os Estados Unidos.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com alta de 0,48%, enquanto o índice de Xangai avançou 0,4%.

Opep+

Os preços do petróleo subiram novamente quando o chamado grupo de produtores da Opep+ concordou, a princípio, em estender o atual nível de restrição de produção em um mês, ou seja, até o final de julho.

O grupo se reunirá virtualmente no sábado para aprovar o acordo, que veio depois que o Iraque e a Nigéria concordaram em melhorar sua conformidade com o acordo firmado em abril, no auge do colapso da demanda global.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,74%, a 22.863 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,66%, a 24.770 pontos.  Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,40%, a 2.930 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,48%, a 4.001 pontos.

A jornada desta sexta-feira é positiva para os mercados de ações da Europa. Em Frankfurt, o DAX tem ganhos de 1,75% aos 12.647 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE soma 1,19% aos 6.416 pontos. Já em Paris, o CAC avança 1,92% aos 5.10 pontos.

Em Nova York, o contrato futuro de Dow Jones 30 subia 299 pontos ou 1,14%, enquanto o contrato futuro de S&P 500 tinha alta de 0,74% e o Nasdaq 100 Futuros subia 0,13%.

COMMODITIES

A sessão que fechou a semana foi marcada por nova queda nos preços dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China. O ativo com mais operações, com data de vencimento para setembro deste ano, cedeu 0,93% aos 746,00 iuanes por tonelada, o que representa recuo de 7 iuanes em relação ao valor de liquidação da véspera, que foi de 753,00 iuanes por tonelada.

No mesmo sentido, a sexta-feira teve como característica o recuo nas cotações dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato com maior liquidez, e entrega para outubro de 2020, perdeu 42 iuanes para 3.604 iuanes para cada tonelada. Já o de janeiro, de 2021, cedeu 31 iuanes para 3.436 iuanes por tonelada.

A sessão é positiva para os preços internacionais do petróleo. Em Londres, o barril do tipo Brent, é negociado com valorização de 3,15%, ou US$ 1,2, a US$ 41,27. Já em Nova York, o WTI soma 2,46%, ou US$ 0,90,a US$ 38,31.

MERCADO CORPORATIVO

– Petrobras (SA:PETR4)

A Petrobras informou na noite de quinta-feira que iniciou o processo de venda de suas participações em cinco sociedades de geração de energia elétrica, em estratégia que visa otimizar o portfólio e melhorar a alocação do capital da companhia.

A empresa anunciou o “teaser” de venda de fatias na Brasympe Energia S.A., Energética Suape II, Termoelétrica Potiguar, Companhia Energética Manauara (CEM) e Brentech Energia.

A companhia detalhou que detém 20% da Brasympe, que por sua vez possui 60% da Termocabo S.A., que é dona de uma usina termelétrica movida a óleo combustível situada em Pernambuco, com capacidade instalada de 49,7 MW.

A Petrobras detém 20% da Suape II, que é proprietária de outra termelétrica movida a óleo combustível localizada em Pernambuco, com capacidade instalada de 381,25 MW.

A petroleira também tem 20% da TEP, que é uma holding que possui participação de 60% na CEM e de 70% na Areia Energia S.A. e Água Limpa Energia S.A., proprietárias de pequenas centrais hidrelétricas, localizadas em Tocantins, com capacidade instalada de 11,4 MW e 14 MW, respectivamente.

– Yduqs

A Yduqs informou nesta quinta-feira que acertou a compra da Athenas, grupo educacional com unidades em Rondônia, Acre e Mato Grosso.

O valor inicial da operação é de 120 milhões de reais, sendo 106 milhões de reais à vista e 14 milhões após cinco anos. Além disso, o contrato prevê um pagamento adicional de 600 mil reais se o grupo adquirido conseguir vagas para curso de medicina, o que pode elevar o valor da operação em até 180 milhões de reais.

Segundo a Yduqs, o grupo tem nove mil alunos, tem 67 cursos de graduação, cursos técnicos superiores e programas de pós-graduação, além de um potencial para 300 vagas/ano de medicina.

“A aquisição preenche 3 das 17 regiões de influência prioritárias identificadas em nosso planejamento estratégico, além de estarem localizados em regiões de maior crescimento econômico, como o Centro-Oeste e Norte do país”, afirmou a Yduqs em fato relevante.

Em 2019, o Grupo Athenas teve receita líquida de 94,5 milhões de reais e Ebitda ajustado de 15 milhões de reais.

– Centauro (SA:CNTO3)

O Grupo SBF (SA:CNTO3), dono da rede de lojas de artigos esportivos Centauro, levantou 900 milhões de reais em oferta de ações subsequente com distribuição primária, precificada a 30 reais por papel na véspera.

A Reuters já havia noticiado na véspera, citando fontes, o preço definido para os papel na operação com esforços restritos e o valor movimentado.

A companhia afirmou que pretende utilizar os recursos da oferta para financiar aquisições de empresas em curso e futuras que possam contribuir para a execução de sua estratégia de crescimento e a expansão de seus negócios.

De acordo com fato relevante disponível na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira, após a operação, o capital social da companhia passou para 1,914 bilhão de reais, dividido em 241.015.279 ações.

A ação fechou na quinta-feira cotada a 31,50 reais na bolsa paulista, o que implica que os investidores na oferta tiveram um desconto de aproximadamente 5%.

Os papéis envolvidos na oferta começam a ser negociados na bolsa paulista na segunda-feira.

– br Malls

A administradora de shopping centers br Malls prevê que terá todas as unidades de seu portfólio funcionando em julho, à medida que governos regionais flexibilizam medidas de isolamento social tomadas em março para conter a disseminação do coronavírus.

“A expectativa é de que em julho todos os empreendimentos estejam abertos ao público”, afirmou a companhia no relatório de resultados do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira. A empresa administra 29 shopping centers.

A companhia afirmou que até agora já retomou a operação de 11 shoppings, ativos que representam aproximadamente 30% do NOI core (medida de resultado operacional) da empresa.

A br Malls teve lucro ajustado de 130 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 24% sobre um ano antes, diante da forte queda nas vendas, impactadas severamente desde a segunda metade de março com o fechamento de todos os seus shoppings.

Já o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, caiu 11,9%, para 206,7 milhões de reais.

A receita líquida somou 296 milhões de reais, queda de 5,8% no comparativo anual, impactada entre outros fatores por descontos na cobrança de aluguel para lojistas.

A empresa fechou março com caixa de 886,8 milhões de reais, cerca de 100 milhões a mais do que no final de 2019.

– Cemig (SA:CMIG4)

A gestora Pátria Investimentos voltou a apostar no setor elétrico com uma nova empresa de geração renovável, a Essentia Energia, que construirá suas primeiras usinas solares e eólicas no Nordeste, disseram três fontes à Reuters.

A empresa, que já soma ativos com capacidade total de cerca de 800 megawatts, foi formada após a aquisição de projetos renováveis pelo Pátria, que tem a firma de private equity Blackstone como sócia, conforme documentos da reguladora Aneel vistos pela Reuters.

Esses empreendimentos fecharam contratos de longo prazo para venda da produção futura à mineira Cemig e as obras podem ter início no segundo semestre, visando atender compromissos de entrega de energia a partir de 20220, acrescentaram as fontes, que falaram sob anonimato porque não estavam autorizadas a comentar o assunto.

A construção de projetos do porte da carteira do Pátria demandaria mais de 3 bilhões de reais, segundo estimativas de mercado. Não está claro, no entanto, se todas usinas serão implementadas de uma só vez.

Procurado, o Pátria recusou-se a comentar. A Cemig também não forneceu informações e disse que os contratos dos leilões possuem cláusulas de confidencialidade.

A Essentia surgiu ainda após o Pátria ter finalizado em março a venda de uma empresa de transmissão de energia, a Argo, criada após o grupo ter arrematado concessões no setor a partir de 2016 —a transmissora foi comprada pelo colombiano Energía Bogotá e pela espanhola Red Eléctrica Internacional, em negócio de 3,35 bilhões de reais.

AGENDA DE AUTORIDADES

– Jair Bolsonaro

Na parte da manhã desta sexta-feira, o presidente da República participa da Cerimônia de inauguração do Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás. Na parte da tarde, tem a assinatura do Decreto de Logística Reversa de Medicamentos (videoconferência).

O dia chega ao fim com encontro com Pastor Silas Malafaia, Presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (CIMEB)

– Paulo Guedes

– Videoconferência com o secretário executivo, Marcelo Guaranys;

– Videoconferência com o secretário especial da Receita Federal, José Tostes;

– Videoconferência com o secretário executivo, Marcelo Guaranys.

*Com Reuters

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